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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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braços cruzados

Greve dos bancários atinge quase 100% das agências da Grande Cuiabá

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Greve dos bancários atinge quase 100% das agências da Grande Cuiabá
Bancários de aproximadamente 130 agências localizadas em Cuiabá e Várzea Grande cruzaram os braços à meia-noite desta terça-feira, 06 de setembro. Lojistas revelam estar preparados e buscam alternativas para atrair os consumidores, como promoções. A paralisação é por tempo indeterminado e a expectativa é de mais adesões no interior de Mato Grosso. A greve é nacional em rejeição a proposta dos bancos de 6,5% de reposição salarial. A categoria reivindica 14,78%, um aumento real de 5% acima da inflação.

Em Mato Grosso existem cerca de 350 Agências Bancárias, das quais aproximadamente 130 estão localizadas entre Cuiabá e Várzea Grande. No estado aproximadamente são 6 mil trabalhadores reivindicando segurança, reajuste salarial, fim das demissões e mais contratações.

Leia mais:
Bancários de 350 agências de Mato Grosso entram em greve a partir da meia-noite dia 6

A paralisação dos bancários foi anunciada no dia 1º de setembro, após realização de assembleia geral da categoria em todos os Estados brasileiros.

Muitos diante a greve correram para os bancos para efetuar o pagamento de contas na segunda-feira, 05, como é o caso do administrador Felipe Arthur. “Há contas que somente no banco é possível pagar, então o jeito foi correr a uma agência, até mesmo para não pagar multas e juros”.

O comércio revela estar preparado para enfrentar mais uma paralisação dos bancários, como comenta a vendedora de uma loja de roupas infantis, Edilaine do Carmo. “O comércio já se prepara e está buscando meios de atrair os clientes, como é o caso de promoções”.

Em 2015, os bancários cruzaram os braços durante 22 dias. A paralisação encerrou apenas após o Comando Nacional acatar a proposta de reajuste salarial de 10% oferecido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e dos bancos públicos Caixa e Banco do Brasil.

Confira as principais reivindicações dos bancários:

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real.

PLR: 3 salários mais R$8.317,90.

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Confira propostas dos bancos rejeitadas pela categoria:


Reajuste de 6,5% (representa perda de 2,8% para os bancários em relação à inflação de 9,57%).

Abono de R$ 3.000,00 (parcela única, não incorporado aos salários).

Piso portaria após 90 dias - R$ 1.467,17.

Piso escritório após 90 dias - R$ 2.104,55.

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.842,96 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97.

PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41.

Antecipação da PLR - Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,54 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.153,21.

Auxílio-refeição - R$ 31,57.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 523,48.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 420,36.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 359,61.

Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício).

Gratificação de compensador de cheques - R$ 163,35.

Requalificação profissional - R$ 1.437,43.

Auxílio-funeral - R$ 964,50.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 143.825,29.

Ajuda deslocamento noturno - R$ 100,67.
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