A produção de soja na região do Pantanal e seus impactos são ponto de discussão de audiência pública da Comissão de Meio ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado na próxima quarta-feira, 21 de setembro. Na região pantaneira de Mato Grosso a semeadura de soja ocorre há aproximadamente cinco safras.

O debate sobre os impactos negativos do avanço da soja no Pantanal foi proposto pelo senador do Mato Grosso do Sul, Pedro Chaves (PSC), e está marcado para o período da manhã no Senado.

Leia mais:
"Pantanal pode acabar se providências não forem tomadas", diz ministro Sarney Filho

A discussão foi proposta pelo senador sul-mato-grossense visto o uso elevado de agrotóxicos em lavouras da região e com o assoreamento dos rios, o que vem provocando impactos sobre a fauna e a flora pantaneira.

Para o parlamentar, é necessária, com urgência, a identificação de mecanismos que minimizem os efeitos provocados pela expansão da cultura na região e assim garantir o desenvolvimento do ecoturismo.

“Estudos de entidades como a Embrapa Pantanal e o SOS Pantanal alertam para a necessidade de construção de um modelo de planejamento e fiscalização ambiental que permita dar ao Estado instrumentos de controle e monitoramento sobre a região”, observa o senador Pedro Chaves.

Conforme informações da Agência Senado, representantes do setor produtivo da soja participarão da audiência pública, como a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), além de representantes do Instituto Socioambiental da Bacia do Alto Paraguai SOS Pantanal, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Instituto Homem Pantaneiro e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).