Países que formam o Conselho Agropecuário do SUL (CAS) foram aconselhados pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a se unirem e cobrarem a preferência de seus produtos no mercado global de alimentos como forma de recompensa por ações ambientais. Segundo o ministro, o mundo precisa reconhecer os esforços que o Brasil, principalmente, vem fazendo para garantir a preservação ambiental. Durante reunião do CAS, Maggi ainda criticou as atividades que não têm avançado no que tange a preservação.

Maggi reuniu-se na quinta-feira, 03 de novembro, em Assunção (Paraguai), com ministros da Agricultura da Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. O Brasil e os quatro países formam o Conselho Agropecuário do Sul (CAS).

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Ainda durante o encontro Maggi afirmou ser importante que os produtores de outros países passem a ter maior responsabilidade com a preservação do meio ambiente.

"Nós sabemos que estamos fazendo a nossa parte, preservando nossas florestas e rios, já que o Brasil hoje tem 61% do seu território preservado e apenas 8% são usados para agricultura, 19,7% para a pecuária. Mas, os países sul-americanos que não consigam fazer o mesmo que nós podem, sim, manter uma maior preservação", pontuou o ministro brasileiro na reunião.

Conforme Maggi, os ministros de Agricultura que compõe o CAS devem participar também de fóruns mundiais ambientais. O intuito é que as políticas ambientais sejam decididas de forma conjunta e não apenas por ministros de Meio Ambiente.

"Quem deve reivindicar isso somos nós mesmos. Se não fizermos isso, ninguém nos oferecerá espaço para debate. "Os maiores interessados em preservar o meio ambiente estão ficando de fora da mesa de debates. O Brasil tem economizado 150 milhões de hectares de floresta nos últimos 40 anos. Estamos indo numa direção que, logo mais, nenhum país irá comercializar produtos que não estejam dentro dos padrões ambientais", salientou Maggi.