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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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COP22

Produção de biocombustíveis é alternativa interessante sem competir com alimentos, afirma Maggi

Foto: Divulgação/Mapa

Produção de biocombustíveis é alternativa interessante sem competir com alimentos, afirma Maggi
A agricultura sustentável e energia renovável do Brasil foram destacadas pelo ministro Blairo Maggi durante o lançamento da Plataforma Biofuturo na Conferência do Clima (COP22) no Marrocos. Segundo o ministro, o Brasil possui a agricultura mais sustentável do mundo e a produção de biocombustível, como o etanol, não compete com a produção de alimentos e pode ser uma alternativa interessante para muitos países.

Maggi encontra-se nesta semana em Marrakech, no Marrocos, onde participa da COP22. A Plataforma Biofuturo foi lançada por um grupo de 13 países da América do Sul, Europa e da Ásia para promover o uso de biocombustíveis.

Conforme o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, que também participa da COP22, a plataforma visa a busca de soluções para a redução do volume de emissões do setor de transporte de gases responsáveis pelo aquecimento global.

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O ministro da Agricultura Blairo Maggi salientou que o uso de biocombustíveis, como é o caso de etanol a partir da cana-de-açúcar e do milho, podem reduzir em até 90% a contribuição do setor de transporte para o efeito estufa. "Temos experiência conhecida por fornecer biocombustível para a grande maioria dos automóveis do país".

Levantamento da produção de cana-de-açúcar, divulgado em agosto pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), apontava para está safra uma produção de etanol de aproximadamente 27,5 milhões de litros no país.

De acordo com Blairo Maggi, seria interessante a abertura de mercado por parte de outros países para o etanol brasileiro, não apenas como combustível exclusivo, mas para a mistura com a gasolina. Hoje, no Brasil 27% da composição da gasolina é etanol anidro.

Milho

A produção de etanol através do milho também foi destacada pelo ministro da Agricultura. O Brasil aos poucos está inserindo o cereal na produção de etanol, assim como é feito nos Estados Unidos. Em Mato Grosso, como o Agro Olhar já comentou, existem 10 usinas que produzem etanol de cana-de-açúcar. Destas três aderiram à modalidade "flex", onde através de adequações realizadas e tecnologias implementadas possibilitou-se, também, o uso de milho para a produção do combustível.

“Temos que considerar isso, principalmente, na Região Centro-Oeste, que está entre 1.700 Km e 2.000 km de distância do porto. Se fôssemos cultivar milho sem pensar numa alternativa que não seja o consumo animal e o consumo humano, não teríamos onde colocar a produção. Os preços ficariam tão deprimidos que levariam os agricultores à falência, à falta de recursos para continuarem a produzir”, declarou Maggi.
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