Olhar Agro & Negócios

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Meio Ambiente

19% em um ano

Mato Grosso reduz cerca de 80% do desmatamento na Amazônia nos últimos 10 anos, afirma Sema

Foto: Rodolfo Perdigão / Vice-Governadoria

Mato Grosso reduz cerca de 80% do desmatamento na Amazônia nos últimos 10 anos, afirma Sema
Mato Grosso reduziu em 10 anos cerca de 80% do desmatamento na Amazônia. Somente entre agosto de 2015 e julho de 2016 constatou-se um decréscimo de 19%. Os números são da Secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema), que afirma que a elevação de 49% da abertura de terras entre 2014 e 2015 "trouxe muita preocupação".

O números foram apresentados na manhã desta sexta-feira, 25 de novembro, pela Sema e integram o Monitoramento de Cobertura Vegetal da pasta.

Em 10 anos foram cerca de 80% de decréscimo registrados no desmatamento na Amazônia Legal mato-grossense. A média de desmatamento que era de 5.714 km², entre 2001 e 2010, caiu para 1.129 km² este ano, com variações que compreendem: 1.120 km² (2011), 757 km² (2012), 1.139 km² (2013), 1.075 km² (2014) e 1.601 km² (2015), revela a Secretaria.

Leia mais:
Mato Grosso volta a liderar desmatamento na Amazônia Legal; município de Cláudia na frente

Entre agosto de 2015 e julho de 2016 foram 19% de recuo, de 1.601 km² em igual período anterior para 1.290 km².

Conforme o vice-governador de Mato Grosso e secretário de Meio Ambiente, Carlos Fávaro, apesar dos resultados serem positivos, ou seja, o desmatamento ter apresentado redução, os números não deixam o governo "satisfeito".

Na manhã desta sexta-feira Fávaro anunciou que um plano de ações será entrará em vigor no próximo ano para intensificar o monitoramento, a fiscalização e a responsabilidade aos crimes ambientais.

Entre as propostas do plano de ações está a montagem de uma base de operações de combate ao desmatamento ilegal em Colniza (a 1.065 km de Cuiabá), na região noroeste. O município, inclusive, lidera o ranking dos 10 municípios mais críticos para desmatamento ilegal em Mato Grosso nos últimos cinco anos com 21,2 mil hectares, seguido de Aripuanã (8,4 mil ha), Marcelândia (8,2 mil ha), Feliz Natal (6,5 mil), Juína (5,5 mil ha), Nova Bandeirantes (5,4 mil ha), Cotriguaçu (4,03 mil ha), Paranaíta (3,7 mil ha), Apiacás (3,4 mil ha) e Nova Ubirantã (2,8 mil ha). Juntos tais municípios totalizam mais de 54% do desmatamento da floresta.

"Temos um desafio gigante pela frente, que é zerar o desmatamento ilegal. Para isso, precisamos continuar avançando", ponderou Fávaro.

Entre as demais ações anunciadas pela Sema que serão implementadas e/ou intensificadas a partir de 2017 estão a notificação via correio de todos os proprietários rurais com Cadastro Ambiental Rural (CAR) que cometeram desmatamento ilegal; intensificação das ações de fiscalização, com atuação conjunta com o Ibama e instituições que compõem o Comitê de Inteligência (Codi); aumento da base do CAR em parceira com municípios; implementação de ações de valorização da floresta em pé por meio da política estadual de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento, Degradação florestal, Conservação, Manejo Florestal Sustentável e Aumento dos Estoques de Carbono Florestal).

“Não temos vergonha em mostrar os números à sociedade, que ainda estão longe de ser bons, mas fazemos isso para com o intuito de buscar auxílio e parcerias nesta árdua missão que é monitorar e combater o desmatamento ilegal em Mato Grosso”, salienta o secretário executivo da Sema, André Baby, que é servidor de carreira do órgão ambiental.

A Sema revela que do total de desmatamento registrado apenas 5% foi autorizado pela pasta, ou seja, 6,4 mil hectares ou 64,5 km²; outro 1% aconteceu em áreas em que houve a solicitação para o desmatamento e não foi autorizado; os restantes 94% foram em áreas sem registro de autorização ou de solicitação ao órgão ambiental.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet