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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Dependendo do título

Considerado nova “poupança”, Tesouro Direto entrega rentabilidade até quatro vezes maior

Foto: Reprodução/Internet/Ilustração

Considerado nova “poupança”, Tesouro Direto entrega rentabilidade até quatro vezes maior
Considerado a nova poupança do século 21, o Tesouro Direto tem se tornado uma das opções para aqueles que desejam poupar/investir em longo prazo. Os resultados, dependendo do título (indexados ou prefixados), segundo especialistas, podem trazer rentabilidade até quatro vezes superior à tradicional poupança. Investimentos partem de R$ 30,00.
 
Guilherme Castro investe há quatro meses no Tesouro Direto, após conhece-lo através de amigos e pesquisar em mídias digitais. Ele revela que inicialmente investiu R$ 1.500 para ver como se comportava a liquidez diária do Tesouro Selic (título indexado).
 
“Vi que a liquidez diária era de aproximadamente R$ 0,60, o que no mês me deu um rendimento bruto de em torno de R$ 18. Porém, nos primeiros meses no Tesouro Selic é cobrado uma taxa de imposto de renda de 22,5% sobre o rendimento. Fora a taxa que a Bovespa cobra. Apesar destas peculiaridades, percebo que mesmo após todas essas deduções ele me rendeu quase o dobro da poupança. Fora isso o rendimento é diário, coisa que na poupança o rendimento é mensal, ou seja, se eu retirar após três dias de aplicação terei meu rendimento. Já na poupança se eu retirar um dia antes do aniversário da aplicação eu não recebo nada”, diz Guilherme Castro.

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De acordo com o Tesouro Nacional, o Tesouro Direto é um programa desenvolvido em parceria com a BMF&F Bovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet. O Tesouro Nacional explica que a quantidade mínima de compra de título no Tesouro Direto é uma fração de 0,01, ou seja, 1% do valor de um título desde que respeitado o valor mínimo de R$ 30,00 (confira aqui tabelas e valores).
 
Dados recentes do Tesouro Nacional revelam que em janeiro as vendas do Tesouro Direto atingiram mais de R$ 2,474 milhões, enquanto os resgates totalizaram R$ 2.206,1 milhões, sendo R$ 1.486,0 milhões relativos aos vencimentos do mês e R$ 720,1 milhões, às recompras.
 
Em janeiro, 72.591 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto e o número total de investidores atingiu 1.198.803, o que representa um aumento de 84% nos últimos 12 meses.
 
Conforme Bruno König, um dos responsáveis pela Vestra – Agente Autônomo de Investimentos, não há dados de investidores por Estados e sim apenas por região. Ele comenta que a região Centro-Oeste representa hoje 7,5% do total de aplicações no Tesouro Direto.
 
Apesar de a pessoa poder retirar a qualquer momento o valor investido e o que o mesmo rendeu, König explica que para evitar qualquer deságio, o ideal é que o investidor tente levar o título até o vencimento, bem como observar também o momento econômico, pois cada título tem a sua particularidade.
 
“Podemos dizer que o Tesouro Direto é a nova poupança do século 21, uma vez que entrega uma rentabilidade muito superior, chegando a ser até quatro vezes maior à poupança, dependendo do título. A medida que o brasileiro começa a conhecer que o Tesouro Direto entrega uma rentabilidade bem superior e que é fácil investir, a tendência é que haja cada vez mais adeptos”, diz König.
 
Existem três tipos de títulos no Tesouro Direto: Títulos indexados à taxa Selic (LFT), Títulos prefixados (LTN) e (NTN-F) e Títulos indexados à inflação (NTN-B). Hoje, há títulos com vencimento variando entre 2020 (Tesouro Prefixado 2020 (LTN)) e 2050 (Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B)).
 
Os Títulos indexados à taxa Selic (LFT) é indicado quando a tendência é de elevação da taxa básica de juros ou a manutenção em patamar elevado. Segundo os especialistas, o valor de mercado desse título apresenta baixa volatilidade, evitando perdas no caso de venda antecipada.
 
Já nos Títulos prefixados (LTN) e (NTN-F) a rentabilidade é dada através de uma taxa preestabelecida no momento da compra, o que permite ao investidor o cálculo da rentabilidade anual caso o título seja mantido até o seu vencimento. Dentro dos Títulos Prefixados existem dois tipos de títulos: O Tesouro Prefixado (LTN) e o Tesouro Prefixado com Juros Semanais (NTN-F). O Tesouro Prefixado (LTN) é indicado para aquele investidor que vai utilizar o valor após o vencimento, pois paga os juros acumulados no vencimento, enquanto o Tesouro Prefixado com Juros Semanais (NTN-F) paga juros a cada seis meses.
 
No caso dos Títulos indexados à inflação (NTN-B) a rentabilidade destes títulos é contabilizada por uma taxa prefixada acrescida da variação da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
 
“Para investimentos de curto prazo, títulos prefixados ou indexados à taxa Selic são boas opções. Para longo prazo, títulos indexados ao IPCA são mais vantajosos, por proteger seu investimento da inflação. Caso, o investidor não tenha certeza se poderá manter o investimento até o vencimento do título, o melhor é o Tesouro Selic”, pontua Bruno König.
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