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Mudança de cultura

MT Gás estuda implantar tecnologia de condensação do produto; empresários ainda se mostram reticentes

23 Ago 2017 - 16:44

Da Redação - André Garcia Santana/Jardel P. Arruda

Foto: Reprodução

MT Gás estuda implantar tecnologia de condensação do produto; empresários ainda se mostram reticentes
Diante da possibilidade de investimentos do governo boliviano na MT Gás e da conseqüente expansão do serviço em Mato Grosso, a direção da empresa começa a estudar a implantação de uma tecnologia de liquefação, utilizada para facilitar o transporte do produto.  A movimentação deverá contribuir para o fortalecimento da cultura de utilização do produto pelos empresários da região, ainda reticentes frente à novidade, que se apresenta como alternativa à energia elétrica.

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De acordo com o especialista Francisco Jamal, a proposta do Estado é que o gás natural chegue primeiro à indústria, depois ao comércio, residências e veículos. Deste modo, num primeiro momento a prioridade é o Distrito Industrial de Cuiabá e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), em Cáceres. Ele faz ainda uma comparação com a energia elétrica e destaca que a partir da aplicação intercalada das duas fontes, seria possível equilibrar os gastos dos empreendimentos.

Em workshop com empresários e representantes do governo boliviano, na terça-feira (22), o especialista contou que uma empresa que oferece a possibilidade de condensar o gás esteve em contato com a direção recentemente. O procedimento permite transportar o produto por até mil quilômetros, ampliando em 30 vezes a capacidade de armazenamento e reduzindo valores. “Ainda precisamos avaliar. Não adiante usar uma tecnologia dessa e o custo não compensar, se colocado a mega distância.”

Com relação à viabilidade técnica e a construção de gasodutos, Francisco diz que ainda são necessários levantamentos que apontem o potencial e onde estão as empresas que realmente podem explorar o produto.“O empresário ainda está muito reticente com relação ao gás, porque ao mesmo tempo que é muito bom pra ele, mas é uma realidade a qual não estamos acostumados. Estão sondando, analisando pra saber como as coisas vão se dar. Precisamos melhorar essa cultura.”

No evento, realizado no Palácio Paiaguás ficou definido que a compra de parte da empresa mato-grossense pelo país vizinho só será possível após uma série de estudos jurídicos e de mercado, que deverão harmonizar a nossa legislação com a deles. Atualmente 90% das ações do empreendimento, classificado como uma sociedade de economia mista, pertencem ao governo do Estado e a expectativa é de que as negociações sejam fechadas em até seis meses.
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