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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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queda nos preços

Mesmo com a segunda maior redução do país, cesta básica cuiabana compromete quase metade do salário mínimo

Foto: Reprodução

Mesmo com a segunda maior redução do país, cesta básica cuiabana compromete quase metade do salário mínimo
O preço da cesta básica calculado em Cuiabá teve a segunda maior redução do país, segundo estudo feito desde janeiro deste ano com o preço dos alimentos em todas as capitais brasileiras. Ao todo, Cuiabá registrou queda de 11,79% no valor de produtos como arroz, feijão, carne, banana e batata, entre outros itens considerados essenciais à mesa do brasileiro. Apesar do número positivo, o valor da cesta básica ainda compromete 43% do salário mínimo dos cuiabanos.

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Os itens que apresentaram as maiores baixas nos preços durante o último mês em Cuiabá foram o tomate (-28,66), o feijão (- 13,48) e o açúcar (-6,09). Segundo levantamento feito Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a capital mato-grossense só não teve uma redução maior do que a que foi registrada em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde os produtos diminuíram de preço em 12% nos últimos oito meses. A redução da cesta básica, conforme o Dieese, foi verificada em todas as capitais do país. 

A cesta básica cuiabana custa atualmente R$ 375,96, apresentando uma redução de -4,83% em relação ao ano passado. Apesar das reduções, a porcentagem da despesa com os alimentos em relação ao salário mínio ainda é alta: o valor da cesta consome quase a metade da remuneração mínima dos trabalhadores cuiabanos: 43%. Na prática, vale a máxima de que quem vive com apenas um salário mínimo não consegue viver bem hoje em dia.  

Além da fatia do salário, o Dieese também calcula o tempo de trabalho desempenhado para poder comprar os produtos essenciais. Em Cuiabá, quem recebe um salário mínimo precisa trabalhar por pelo menos 88h para quitar o preço da cesta básica, segundo dados referentes ao mês de agosto deste ano.

Salário mínimo

É com base na cesta básica mais cara, que em agosto foi a de Porto Alegre, que o Dieese calcula quanto seria o salário mínimo necessário para suprir as demandas primárias de consumo dos cidadãos. Pelo cálculo feito neste mês, o Departamento chegou à conclusão de que o trabalhador precisaria receber pelo menos quatro vezes mais do que recebe atualmente.

Em agosto de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.744,83, ou 4,00 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em julho de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.810,36, ou 4,07 vezes o mínimo vigente.
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