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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Acima da média

Contratações para o final de ano deverão crescer 10% em Mato Grosso; mulheres e jovens são preferidos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Contratações para o final de ano deverão crescer 10% em Mato Grosso; mulheres e jovens são preferidos
As contratações para o comércio no final do ano deverão crescer cerca de 10% em Mato Grosso em comparação a 2016. A informação é do vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Célio Fernandes, que estima a abertura de pelo menos 500 vagas temporárias na Capital e outras 1200 em todo o Estado. Segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) o setor do varejo e serviços, cerca de 50 mil vagas.

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Ao Agro Olhar Célio explicou que, embora os empresários estejam mais otimistas com o aumento nas vendas agora do que em 2016, ainda há muitos empreendimentos sob efeito da crise econômica. Sendo assim, mesmo diante da demanda, muitos deles optaram por cortar custos. Em Cuiabá porcentagem de empreendedores que pretende contratar para o período varia entre 10 e 15%, valor diretamente ligado à expectativa de crescimento de vendas, de 8%.

“Aqui no Estado, por apresentarmos um perfil de crescimento melhor, graças ao agronegócio, observamos uma recuperação mais rápida e esperamos uma média de vendas um pouco acima da nacional, estimada em 5%. Mas tudo isso vai depender do que vai ocorrer na economia, especialmente nesse momento em que estamos extremamente vulneráveis ao cenário político.” diz o vice-presidente.

No cenário nacional, apenas 13% dos empresários consultados manifestaram a intenção de reforçar o quadro de funcionários e, entre eles, 74% pretendem contratar de 1 a 5 funcionários, independentemente de ser efetivo ou temporário – outros 19% desses empresários ainda não sabem quantos funcionário pretendem contratar. A principal motivação entre os que contrataram ou tem contratações previstas é suprir o aumento da demanda no final do ano (75%).

Quatro em cada dez desses empresários (40%) afirmam que os contratados serão formalizados pela própria empresa, porém 35% afirmam que serão informais e 13% terceirizados. Entre os que contratarão funcionários sem carteira assinada (36%), a principal justificativa é viabilizar a solução de uma necessidade específica para o Natal (39%) dado que o alto custo da carteira registrada poderia atrapalhar as contratações.

Mulheres e jovens são os preferidos entre quem vai contratar

O levantamento do SPC Brasil e da CNDL também identificou um perfil das contratações de final de ano:

• 45% dos empresários pretendem contratar pessoas do sexo feminino e 31% se mostraram indiferentes;

• 55% pretendem contratar pessoas com até 34 anos;

• 40% buscam contratar pessoas com ensino médio completo;

• 44% solicitam que os candidatos tenham experiência anterior na área que serão contratados e outros 44% não fazem nenhuma exigência de competência ou cursos;

• Os profissionais mais procurados são vendedores (35%), ajudantes (vendas, repositor, serviços gerais, etc) (16%) e balconistas (10%).

De acordo com os empresários, estes trabalhadores serão contratados, em média, por um período de 3,5 meses, com um salário mínimo e meio mensal (cerca de R$1.400) e com carga horária entre 7 e 8 horas diárias. Cerca de 19% dos empresários consultados já contrataram em agosto e setembro, 31% contratarão em outubro e 21% em novembro.

Para a especialista, o clima de otimismo moderado de parte do empresariado é justificável dado que o país ainda esboça sinais incipientes de recuperação. “Um dos piores efeitos da crise é a retração do consumo, em virtude do desemprego e da queda do poder de compra. Com o consumidor temeroso de gastar, o empresariado não tem perspectiva de vender mais e não vê necessidade em contratar mais pessoas e fazer investimentos”, afirma Kawauti.

Apenas 27% das empresas farão investimentos para fim do ano

Reflexo da baixa expectativa para as vendas, a realização de investimentos para o final do ano também é afetada. Em 2017, apenas 27% dos empresários dos setores de comércio e serviços pretendem investir no seu negócio para o período do Natal, ainda assim percentual acima do observado no ano passado (22%).

As estratégias de investimento mais adotadas para fazer frente às demandas do Natal e do Réveillon serão a ampliação do estoque (52%), o aumento na variedade de produtos e serviços (33%) e na comunicação e divulgação da empresa (22%). A principal justifica para quem não irá investir (70%) é não ver necessidade diante da baixa perspectiva de que a demanda aumentará (51%).

Metodologia

Foram ouvidos 1.168 empresários de serviços e comércio varejista localizados nas capitais e interior do país. A margem de erro é de 3,0 p.p. com um intervalo de confiança de 95%.
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