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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Preocupa produtores

Plantio de soja atrasa e cai pela metade em comparação ao último ano; milho pode ser prejudicado

Foto: Reprodução

Plantio de soja atrasa e cai pela metade em comparação ao último ano; milho pode ser prejudicado
O atraso no plantio da soja, decorrente da falta de chuvas no período começa a preocupar os produtores. Até agora, o plantio do período 2017/18 está em 14,4% da área total em Mato Grosso, de acordo com boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Na safra passada este percentual passava dos 30% nos mesmos meses. A situação pode impactar na perda da janela ideal para o plantio da segunda safra, de milho, o que ponde rentabilidade da propriedade.

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“Isso é preocupante porque o milho é importante na composição da rentabilidade da propriedade”, afirma Endrigo Dalcin, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). Durante a coletiva de imprensa do início do Circuito Tecnológico Etapa Soja na segunda (16), em Cuiabá, ele afirmou acreditar que nesta semana haja um incremento no plantio de forma geral. “Até o dia 25 de novembro ainda é possível plantar e ter boa produtividade”, diz.

As nove equipes que partiram para verificar o andamento da safra in loco durante duas semanas em todas as regiões do estado trarão as preocupações e demandas dos produtores rurais, além de amostras de sementes e fertilizantes. Poderão ver, ainda, se já há replantio em algumas áreas.

“Ainda não ouvimos relatos de replantio, mas acreditamos que deve haver em alguns talhões. É ruim porque o lucro do produtor é negativo e estamos no limite do custo de produção.  Qualquer prejuízo com replantio é custo a mais no mesmo hectare”, diz Dalcin. E as expectativas de produtividade não são as mais otimistas, segundo o presidente da Aprosoja.

Segundo informações da Aprosoja, na safra 2016/17, houve produtividade histórica de 55 sacas por hectare. Este ano, a projeção é de 52 sacas por hectare, tese reforçada pelo atraso no plantio. “Este ano tivemos dificuldades no acesso ao crédito e o preço da soja estava em baixa, o que significa que o agricultor não pode investir muito. Ele investiu o básico, com média tecnologia nas lavouras”, explica o presidente.

Por isso, acredita Dalcin, o Circuito Tecnológico Etapa Soja é tão importante e um dos maiores projetos da Aprosoja. “A partir das entrevistas com os agricultores, conseguimos levantar as demandas e traçar os trabalhos internos da associação, sempre buscando a rentabilidade do produtor. É uma troca de informações interessante e bem ampla. A meta é visitarmos 680 propriedades em 62 municípios”, finaliza.

O Circuito Tecnológico Etapa Soja é realizado pela Aprosoja e pela Embrapa, em parceria com o Imea e patrocínio Syngenta, UPL, Basf, BayerCropscience e Fertiláqua. Na semana de 16 a 20 de outubro serão visitadas propriedades nas regiões Norte e Oeste, na semana de 23 a 27 de outubro, será a vez das regiões Leste e Sul. 
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