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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Plano de desenvolvimento

Mapa firma parceria com setor privado para desenvolver fruticultura nos próximos 20 anos

Foto: Reprodução

Mapa firma parceria com setor privado para desenvolver fruticultura nos próximos 20 anos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou em fevereiro de 2018 o Plano Nacional do Desenvolvimento da Fruticultura (PNDF) em parceria com entidades do setor privado com o objetivo de melhorar a qualidade, aumentar a produção, o consumo interno e as exportações de frutas. A iniciativa integra o Agro + e faz parte de um projeto mais amplo do ministério que engloba o desenvolvimento de planos de governança para várias cadeias produtivas.

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Plano Agro + foi criado para atender as demandas do setor produtivo

 
Hoje o Brasil produz 44 milhões de toneladas de frutas ao ano, é o terceiro maior produtor mundial, mas apenas 2,5% deste total são destinadas às vendas externas, colocando o País na 23ª posição entre os exportadores.

“O plano contribuirá para que o Brasil aumente suas exportações já que o país tem grande potencial de vendas de frutas frescas no mercado internacional”, disse o ministro Blairo Maggi.
 
As metas de longo prazo do PNDF, com data fixada até 2028, incluem participar com R$ 60 bilhões no mercado global de alimentos, aumentar o consumo interno de frutas para 70 quilos per capita ao ano e atingir US$ 2 bilhões em exportações de frutas frescas e derivados. Em 2017, as vendas brasileiras para o exterior somaram 784 mil toneladas de frutas que geraram divisas de US$ 852 milhões. Esse valor coloca o Brasil atrás de outros países sul-americanos, como o Chile que exportou US$ 4 bilhões e o Peru US$ 2,4 bilhões, ambos têm área de cultivo menor do que o Brasil.
 
A expectativa da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) é a de atingir US$ 1 bilhão em exportação em 2019, um crescimento de 23% sobre o resultado de 2017, e, partir de então, a meta é crescer pelo menos 10% ao ano.

As principais frutas exportadas pelo Brasil são melão (23,7%) e manga (21,14%). Também se destacam o limão e a lima ácida (13%), a maçã (8,8%), a melancia (7,7%) e o mamão (5,5%), segundo as vendas externas em 2017.
 
O presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos, comemorou o crescimento de 16% nas exportações no primeiro bimestre deste ano, e disse que a expectativa neste ano é a de chegar muito próximo ao recorde histórico de 2008, quando o país vendeu 888 mil toneladas de frutas e recebeu US$ 1 bilhão em divisas. “A expectativa é boa. Devemos chegar aos US$ 950 milhões em vendas externas neste ano com um volume de 964 mil toneladas de frutas frescas”.
 
O Secretário Executivo do Mapa, Eumar Novacki, destacou o esforço do ministério para transformar a fruticultura em uma potência exportadora e anunciou que outros planos para diferentes segmentos do agronegócio estão em andamento, como do feijão, lançado em junho passado, do leite e o de bovinos. “Este plano servirá de referência para os próximos”, afirmou.
 
Feijão e Pulses
 
O Mapa lançou em junho o Plano Nacional para o Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Feijão e Pulses. O ministro destacou que, para aumentar a participação no mercado internacional do agronegócio, o país precisa diversificar as culturas, além da soja e do milho, investindo, por exemplo, na produção de feijões, leguminosas e frutas.
 
A iniciativa é resultado de parceria do ministério e das entidades do setor liderado pelo Conselho Brasileiro do Feijão e Pulses (CBFP) e pelo Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE). Entre as metas do plano está a de ampliar em 5 quilos per capita ano o consumo de feijão no país; elevar a exportação em 500 mil toneladas anuais até 2028 de feijões e pulses (lentilha, grão de bico e ervilha) e incrementar em 20% a produção de variedades diversificadas de pulses, para abastecimento dos mercados interno e externo.
 
A previsão de aumento das exportações, segundo o ministro é, especialmente, de produtos como grão de bico e ervilhas. "O Brasil tem uma grande oportunidade de fornecer a outros países, principalmente à Índia, onde estimam uma demanda em torno de 30 milhões de toneladas nos próximos 20, 30 anos. Isso significa uma área em torno de 10 milhões de hectares semeados. É renda para o produtor e um caminho para diversificar a produção".
 
Novacki destacou a parceria com a iniciativa privada e o trabalho desenvolvido pelo ministério para que o setor deslanche com o Agro+ lançado em 2016 que acabou com mais de 900 problemas que os produtores enfrentavam, entre medidas burocráticas e de procedimentos.
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