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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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​Cotado para ficar

Cotado para o MAPA, Novacki teme repercussão negativa com fusão de ministérios

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Cotado para o MAPA, Novacki teme repercussão negativa com fusão de ministérios
Cotado para assumir o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no governo Jair Bolsonaro (PSL), o atual secretário executivo da pasta, Eumar Novacki, afirmou em entrevista ao Agro Olhar que a possibilidade de substituir Blairo Maggi (PP) a partir de janeiro está somente no campo da especulação e que não houve nenhuma tratativa sobre o assunto com o presidente eleito. Focado em preparar a transição, Novacki falou também sobre o medo que nutre por uma possível repercussão negativa que a fusão do MAPA com a pasta de Meio Ambiente pode gerar, atrapalhando a abertura de mercados para os produtos brasileiros.
 
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Novacki sustenta que o Brasil desenvolve uma política ambiental de rigor único no mundo e que essas informações precisam ser divulgadas. O esforço do ministério sob o comando de Maggi foi de abrir mercados para os produtos brasileiros. A impressão de que a fusão das pastas signifique retrocesso na preservação do meio ambiente no país pode causar restrição à entrada de produtos brasileiros em alguns países.
  
Para além da impressão que a fusão deve causar nos mercados internacionais, Novacki explifca que a mudança provocará um redesenho de toda a estrutura do ministério. O grande foco hoje do MAPA, relata, é a agricultura e a pecuária. Ao fundir a pasta com meio ambiente, as atribuições aumentarão muito. “O novo ministro precisará ter esse papel de liderar, com uma visão holística, uma visão ampla, e terá secretários abaixo que cuidem especificamente de cada área”, defendeu. Isso porque a política ambiental extrapola os limites do agronegócio.
  
O nome de Novacki tem ganhado força nos bastidores por conta do perfil técnico do atual secretário executivo da pasta. O nome do braço-direito de Maggi no radar do próximo governo e teve perfil destacado em levantamento feito pela empresa de consultoria Arko Advice, que apontou quadros prováveis para a gestão Bolsonaro.
  
Além do perfil técnico, Novacki tem ainda como ativo diante do próximo governo o fato de ser coronel da Polícia Militar de Mato Grosso. “Graduado em Direito e especializado em Direito Público, é conselheiro do setor agrícola de Bolsonaro”, destaca a consultoria no estudo produzido sobre o cenário político brasileiro.  
  
Na administração pública, Novacki  já ocupou o cargo de secretário-chefe da Casa Civil e secretário de Comunicação de MT durante os governos de Blairo Maggi. Também trabalhou como assessor institucional junto no Senado. Foi membro do Conselho Nacional de Segurança Pública entre 2011 e 2014, é presidente do Conselho de Administração da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Além disso, é mestrando em administrado publica.
  
“Isso [possibilidade de assumir o ministério em janeiro] é só especulação. Estamos preparando a transição, deixando as informações dos projetos desenvolvidos no ministério. Não houve nenhuma conversa com o presidente Bolsonaro”, declarou Novacki ao Agro Olhar.
  
Em entrevista concedida a José Luiz Tejon na rádio Jovem Pan, Novacki falou também sobre a transição. Questionado sobre quem seria o próximo ministro, respondeu com bom humor. “Eu achei que você ia me contar isso. Essa é uma pergunta sem resposta. Estamos nos preparando pra fazer uma transição tranquila, com o máximo de informações, queremos que a futura gestão do Ministério da Agricultura seja ainda melhor que a nossa”.

A eleição de Bolsonaro, para o secretário do MAPA, traz bons ares para o setor. “O agro desde o primeiro momento apoiou o candidato Jair Bolsonaro, hoje presidente eleito. Desde o primeiro momento acreditou em suas propostas porque ele respeita, ele conhece e ele entende o setor. Em relação à gestão do ministério, nós implementamos uma governança focada nos resultados e não mais nos processos. Isso é uma mudança de cultura, isso não pode retroceder. Ao fazer isso nós analisamos o risco de cada setor. Ao fazer analise de risco, nós estamos aplicando corretivos”.
  
Para Novacki, o produtor rural precisa ser mais valorizado. “O cidadão urbano precisa conhecer, esse é um setor maravilhoso, um setor que tem feito muito pelo pais e é um setor por vezes reconhecido, mas que precisa ser valorizado, estamos estimulando que escolas levem crianças para conhecer o Embrapa e o Ministério da Agricultura e saibam que o produtor rural brasileiro é herói e precisa ser valorizado como tal”.
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