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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Além de MT, mais três Estados registram estomatite vesicular; São 54 casos já

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Além de MT, mais três Estados registram estomatite vesicular; São 54 casos já
Além de Mato Grosso, a Bahia, o Piauí e o Maranhão, também, registram casos de estomatite vesicular (EV). Entre os quatro Estados já são 54 casos em 2014 registrados. O anuncio é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em nota em seu site. Os sinais clínicos são semelhantes ao da febre aftosa, podendo facilmente ser confundidos.

De acordo com o Mapa, a doença é viral e de cura espontânea. Ela afeta bovinos, equídeos, bubalinos, pequenos ruminantes e suínos. Entre os sintomas que se assemelham a febre aftosa estão lesões na boca; narinas, no focinho, nas patas e úberes; salivação abundante e dificuldade na locomoção.

O primeiro caso de estomatite vesicular no Brasil foi registrado em 1694 em Alagoas. Entre 2005 e 2013, revela o Ministério, 169 focos da doença foram notificados entre Mato Grosso, Bahia, Ceará, Goiás, Pernambuco, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Em 2011 foram 16 focos registrados, um apenas em 2012 e em 2013 foram 55 casos.

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Em Mato Grosso a confirmação da doença foi informada pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) no último dia 21 de julho. A doença foi localizada em Castanheira. As investigações ainda são realizadas. Ao todo 139 propriedades são investigadas no Estado, das quais 49 foram interditadas para análises laboratoriais.

Em Mato Grosso, declarou o Indea-MT quando do anúncio da presença da estomatite vesicular no Estado, a doença foi descoberta no dia 20 de junho quando o serviço veterinário em uma propriedade de Castanheira realizava procedimentos padrões de vigilância em animais vindos de outros Estados percebeu que um deles apresentava sinais clínicos compatíveis a síndrome vesicular.

Três casos foram verificados, sendo dois em equinos e um em muar na ocasião. "Em virtude do avançado da hora, os médicos veterinários optaram por fazer os devidos preparativos e retornar à propriedade no dia seguinte, quando realizou-se a inspeção clínica em todos os susceptíveis existentes, ocasião em que encontrou-se um bovino com lesões similares àquelas detectada no muar.Os animais inspecionados somaram 61 cabeças sendo 58 bovinos, dois equinos e um muar", revelava o informe epidemiológico emitido pelo Indea-MT no dia 21 de julho.

Cuidados

Conforme o Mapa, diante de uma suspeita de estomatite vesicular o proprietário do animal deve contatar o serviço veterinário para que um diagnóstico rápido e preciso seja realizado para que devidas medidas sejam tomadas para evitar a proliferação da doença, que trata-se de vírus. Entre as medidas já realizadas em Mato Grosso foram à interdição de 49 propriedades e o isolamento dos animais.

Segundo o Mapa, acredita-se que o vírus da estomatite vesicular seja transmitido por insetos vetores hematófagos, ou seja, insetos que sugam o sangue.

O Ministério alerta, ainda, que os animais infectados podem transmitir para os outros animais a doença. "Os infectados eliminam vírus por meio de secreções e excreções, como a saliva e líquido das vesículas (bolhas), que contaminam os animais suscetíveis ao ter contato com a pele e mucosas que apresentem lesões. O cocho, utensílios e as pessoas que lidam com os animais podem se tornar veículos de transmissão do agente da doença", salienta o Mapa.

O Ministério salienta ainda em nota que em 2012 Comissão do Código de Animais Terrestres da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) propôs a retirada da EV da lista de doenças, por esta não provocar morbidade ou mortabilidade significativa. Somente em 2014 a retirada da EV da lista das doenças animais da OIE foi aprovada.

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