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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Aprosoja pede intervenção do governo no 'Terra Prometida' e prevê catástrofe no agronegócio de MT

Foto: Wesley Santiago/Olhar Direto

Aprosoja pede intervenção do governo no 'Terra Prometida' e prevê catástrofe no agronegócio de MT
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Ricardo Tomczyk, previu nesta sexta-feira (19), durante a audiência pública para debater a reforma agrária e a atual situação dos assentamentos, a morosidade da legalização de títulos fundiários em Mato Grosso e uma catástrofe no agronegócio do Estado, caso os produtores envolvidos na ‘Operação Terra Prometida’ sejam impossibilitados de continuar a produção, principalmente de soja na região.

De acordo com o presidente, o perigo é iminente e classificou a situação como uma bomba relógio. “Um problema que pode acontecer é uma lavoura que não for bem cuidada provocar o surgimento de doenças e isso pode se espalhar rapidamente, não só pela região, mas também por todo o Estado. Se as providências não forem tomadas, poderemos ter uma catástrofe no agronegócio de Mato Grosso”.

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Ricardo afirmou que já pediu a intervenção de órgãos do governo para auxiliar no problema. “Já fizemos o pedido ao Indea (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso) e também ao Ministério da Agricultura para que eles intervenham no processo para impedir qualquer movimentação que prejudique a produção, principalmente de soja”.

O deputado estadual, Antonio Azambuja (PP), criticou a postura do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). “O Incra não vem nas audiências para dizer depois que não sabe de nada. O cidadão que produz naquela área não tem como vender seus produtos, as estradas são ruins, os carros não chegam. Quem consegue produzir, não consegue vender”.

O objetivo da audiência pública foi debater a reforma agrária e a atual situação dos assentamentos, a morosidade da legalização de títulos fundiários em Mato Grosso e os impactos e desdobramento da operação Terra Prometida da Policia Federal. O requerimento da audiência foi feito pelos deputados Ezequiel Fonseca (PP) e Ondanir Bortolini e Nininho (PR).

Durante a audiência, os deputados fizeram uma espécie de 'blindagem' e criticaram a forma como é realizada a reforma agrária no país, as denúncias feitas para a Polícia Federal e também a imprensa: “A imprensa deveria ter ido até lá, os que estão retornando para aquelas áreas já estão vendendo os lotes por R$ 200 mil, é um local que só da prejuízo para o país”, afiançou o deputado estadual, Dilmar Dal Bosco (DEM).

A audiência foi marcada pela prisão do vereador de Itanhangá, Silvestre Caminski (PPS). Ele teve o mandado de prisão cumprido pela Polícia Federal (PF), por supostamente ter alguma relação na ‘Operação Terra Prometida’. Ele havia discursado pouco antes de ser preso pelos policiais. Durante a prisão, os presentes se levantaram e cantaram o hino nacional em protesto.
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