A arroba da vaca registrou em 2014 um aumento de 41% no comparativo de dezembro de 2013 com 2014. Ao se analisar o desempenho entre janeiro e dezembro a valorização da arroba foi de 35,9%. O aumento do preço, tanto da vaca quanto do boi, é decorrente a retenção de fêmeas destinadas para o abate ao longo de 2014. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os abates recuaram 8,5% o ano passado, uma diminuição de 500 mil cabeças em relação a 2013.

Das 500 mil cabeças abatidas em 2014 a menos que em 2013 300 mil cabeças eram vacas, relava o Imea em seu primeiro Boletim Semanal da Bovinocultura de 2015.

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Em dezembro de 2013 a arroba da vaca gorda estava cotada a R$ 86,86 e em dezembro de 2014 encerrou a R$ 122,53. Em janeiro de 2014 nesta época a média era de R$ 90,19.

A valorização da vaca fez, inclusive, com que a relação de preço com o boi reduzisse de 10,35% para 7,71% de um ano para o outro. "O desequilíbrio entre a oferta e a demanda elevou os preços de toda a cadeia. Para se ter uma ideia, os preços da arroba do boi e da vaca se valorizaram muito, com destaque para a da vaca, que aumentou 35,9% entre jan/14 e dez/14, 2,6 pontos percentuais a mais que a do boi. Com o início de mais um ciclo de retenção de matrizes, esta diferença tende a permanecer ou até mesmo diminuir, ou seja, é hora de aproveitar e selecionar as melhores matrizes, descartando as que não emprenharem nesta estação de monta”, pontua o Imea.

De acordo com o gerente de projetos da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Fábio da Silva, a retenção de matrizes é decorrente a recomposição do rebanho, o que permitiu a recuperação de preços no setor. "Mas é preciso salientar que a renda do pecuarista ainda não está boa. Isso porque, os custos de produção cresceram na mesma proporção que o preço da arroba", declara Fábio.

A arroba do boi nesta terça-feira (13) estava cotada a média de R$ 127,64, enquanto a da vaca a R$ 120,71.