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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Até setembro, Dnit investiu R$ 640 milhões em rodovias de MT e bate meta anual

Foto: Lucas Bólico/ Olhar Direto

Luiz Antônio Garcia é superintendente do Dnit em MT

Luiz Antônio Garcia é superintendente do Dnit em MT

A Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Mato Grosso investiu até o mês de setembro R$ 640 milhões, montante de recursos que equivale à meta total de aplicações planejadas para todo o ano de 2014. De acordo com o superintendente Luiz Antônio Garcia, os investimentos deste ano superaram os de 2013, quando cerca de R$ 450 milhões foram empregados na malha viária em MT. “Nisso estão computados a manutenção das rodovias e os investimentos em corredores, seja de ampliação de capacidade ou de construção de novas rodovias”, explica.

Mesmo com o aumento de investimento feito pelo Dnit e o volume de obras destacado pelo superintendente, a logística de Mato Grosso continua sendo uma das principais queixas do setor produtivo, e tem sido destacada como grande entrave do desenvolvimento econômico da região. Garcia avalia que a infraestrutura não conseguiu acompanhar o salto da produção agrícola em Mato Grosso e enxerga uma defasagem muito grande a ser superada, não só com recuperação e ampliação de rodovias, mas também com ferrovias. “A gente está trabalhando com commodities. A melhor opção que você tem para as commodities é [transporte] ferroviário. A gente não pode mais pensar que Mato Grosso desenvolva colocando soja em cima de pneu de caminhão”, pontua.

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“Mato Grosso em 20 anos teve uma expansão da sua fronteira agrícola muito grande. Em 1980 você ainda nem falava em Sinop, em Sorriso. A principal atividade nessas regiões era o extrativismo vegetal e depois foram ocupados por grandes lavouras. Temos praticamente a mesma infraestrutura de rodovias que tínhamos na década de 80 e 90 e o que acontece hoje? Temos um desequilíbrio da nossa matriz de logística. Porque 70% da produção agrícola do estado sai pela BR-163 com uma única direção, com direção ao sul. Então só existe uma alternativa de escoamento para o sul. O que a gente precisa? Equilibrar essa matriz. Com toda essa produção em direção ao sul, nós testemunhamos todos os anos congestionamentos nos portos de Santos e Paranaguá”.

“A gente tem um acumulo de demanda não só na rodovia como também nos portos. A gente precisa de novas opções para o escoamento da nossa produção e quais são? A conclusão da BR-163 no Pará, com os portos de Miritituba, para que a produção do estado ao invés de descer, ela suba, mais perto, onerando menos o transporte e desafogando os portos. A gente precisa também da BR-242 que vai permitir que essa produção saia do centro do estado e vá até a BR-158 e ela também possa subir rumo ao morro de Itaqui no Maranhão ou então continuar rodoviariamente pegando a BR-080 que estamos já trabalhando nos estudos de impacto ambiental e elaborando projetos para que a gente possa alcançar a ferrovia norte sul, ali no estado de Goiás que também propicia um novo corredor de escoamento desta produção”, completa.

O superintendente destaca que o Dnit vem concentrando esforços para recuperar a defasagem da malha rodoviária e destaca obras em andamento. Ele cita a pavimentação da BR-242 (Nova Ubiratan à comunidade de Santiago do Norte), a continuidade das obras da pavimentação da BR-158 (ao norte da Terra Indígena Marãiwatsédé), a duplicação da BR-163/364 (Rondonópolis ao Posto Gil). Garcia também ressalta a recente liberação de 10 km da pista nova da saída de Rondonópolis, o início da aplicação da capa asfaltica no segundo lote de Jaciara até a Serra de São Vicente e a limpeza e terraplanagem da Serra de São Vicente até Cuiabá.

“São obras estruturantes no Estado que nós estamos fazendo parte disso”, afirma, ao citar ao mais de 170 km da BR-242 de (Santiago do Norte em direção à Querência, passando por Gaúcha do Norte), a recuperação da BR 070 (de Barra do Garças até a Serra de São Vicente) e da BR 174 (de Cáceres até a divisa de Rondônia). Além disso, algumas rodovias estaduais foram federalizadas e passaram para as mãos do Dnit como a BR-174 (de Vilhena a Juína), uma rodovia ainda não pavimentada que estava praticamente acabada.

“Nós estamos fazendo um trabalho lá de recuperação e hoje já conseguimos devolver trafegabilidade nessa rodovia. Foi federalizada também a estrada de Juína até Colniza, e já tem equipes de manutenção do Dnit em quase 400 km do trecho e há um convenio com o governo do estado para a pavimentação. A Imigrantes também foi federalizada (o contorno sul de Cuiabá), que sai do Distrito Industrial e vai para o Trevo do Lagarto. “Ela é uma rodovia estadual muito solicitada porque todo o trafego da BR-163 passa por ela, é uma rodovia que já estava em um estado bem degradado. Recebemos essa rodovia em fevereiro e já fizemos uma contratação de uma manutenção, fizemos muitas intervenções lá de tapa buraco, algumas recuperações pontuais de pavimento e depois do leilão que teve de concessão da BR-163”, informa.
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