Os governos do Brasil e da China assinaram, nesta terça-feira (19), no Palácio do Planalto, durante a visita oficial do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, acordos de investimento no valor de US$ 53,3 bilhões nas áreas de agronegócio, autopeças, equipamentos de transportes, energia, ferrovias, rodovias, aeroportos, portos, armazenamento e serviços.

Em relação aos projetos de investimentos, está o da construção da Ferrovia Transoceânica, em parceria com a China e o Peru, e que deve facilitar o escoamento de grãos, entre outros produtos, da região Centro-Oeste do Brasil até o Oceano Pacífico. A ‘megaferrovia’ - que cortará Mato Grosso de Leste a Oeste - está orçada em cerca de R$ 30 bilhões.

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“Essa cooperação trilateral para construção de uma ferrovia transoceânica é um exemplo emblemático e vai permitir que se crie um corredor de exportação para os grãos do Centro-Oeste e também para proteína animal”, disse o subsecretário-geral Político do Ministério das Relações Exteriores, embaixador José Alfredo Graça Lima.

Empresas do país asiático deverão participar dos futuros leilões para construir alguns dos trechos do pacote. Um deles será o trecho de mil quilômetros entre Campinorte (GO) e Lucas do Rio Verde (350 km ao Norte de Cuiabá). A região é considerada o polo do agronegócio, por onde passa a maior parte da produção nacional de grãos. Em Lucas será construído um terminal de cargas. Outro deve ser na região Araguaia e um terceiro no Oeste mato-grossense.

De acordo com o projeto inicial, a Transoceânica começará no Rio de Janeiro, passará por MG, GO, MT, RO e AC e, de lá, seguirá para o Peru. Um dos entraves seria o alto custo de construção para cortar a Cordilheira dos Andes. Em Lucas do Rio Verde, os estudos técnicos já foram iniciados.