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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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PROPOSTAS

Candidatos ao senado tentam atrair eleitores do campo em evento da Famato

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Candidatos ao senado tentam atrair eleitores do campo em evento da Famato
Os três candidatos ao senado com a melhor pontuação nas pesquisas de intenção de voto foram ouvidos nesta segunda-feira, 1º de setembro, pela classe produtora do estado no ‘Encontro Candidatos 2014’, realizado pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato). Rogério Salles (PSDB), Rui Prado (PSD) e Wellington Fagundes (PR) apresentaram suas propostas para o desenvolvimento do estado, porém sem gerar empolgação na plateia presente.

Presidente em exercício da federação, o pecuarista Normando Corral lembrou que o objetivo do evento era fazer com que os produtores conhecessem melhor todos os candidatos e suas propostas, sem focar em críticas aos governos federal e estadual. “Nosso papel não é o de apontar os erros do governo do Estado de Mato Grosso, e sim contribuir com sugestões”, ressaltou o presidente.

O candidato pelo PSD, Rui Prado atribuiu à omissão do Congresso Nacional a falta de regras na legislação trabalhista para o trabalhador do campo. O social democrata afirmou que a terceirização dos serviços é uma prática, muito embora não esteja consolidada na atual lei.

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Para ele, existe a necessidade urgente de legislar sobre o assunto. “Rui Prado eleito para o senado vai trabalhar para regularizar esta situação e respeitar o direito do trabalhador rural”, afirmou.

Presidente licenciado da entidade, Prado fez a defesa das suas propostas de campanha. Todos os três principais candidatos ao governo e ao Senado foram convidados pela Famato. “Nosso Congresso é omisso em relação a algumas questões e a legislação trabalhista é uma delas. Sabemos, sem medo de errar, que o trabalho urbano tem características diferentes do meio rural”, apontou o candidato.


  
Candidato pela coligação ‘Coragem e Atitude pra Mudar’, Rogério Salles afirmou que vai trabalhar por mais segurança jurídica para que o estado consiga receber novos investimentos em infraestrutura de logística. De acordo com ele, a produção de grãos em Mato Grosso cresce em ritmo acelerado, e o Estado sozinho não teria capacidade de oferecer a infraestrutura adequada para a escoação.

“Regras claras e segurança jurídica vão facilitar o investimento privado na nossa logística, mas para isso tem que ter uma agência reguladora que funcione, e ela só vai funcionar se dermos essa segurança a ela”, disse o candidato, durante o seminário com candidatos na Famato.

Questionado sobre o pensamento dele em relação a demarcações indígenas, Rogério Salles ressaltou o marco regulatório que define regras para a criação das reservas, e defendeu que a demarcação seja respeitada. O candidato também prometeu brigar no senado para que os trilhos da Ferronorte cheguem a Cuiabá, como previsto no projeto original. Salles foi um dos fundadores e o primeiro presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja).



Wellington Fagundes destacou suas reivindicações em prol da logística de Mato Grosso que beneficiam toda a cadeia produtiva no Estado. Ele enfatizou os investimentos que o governo federal tem feito no estado, garantindo, segundo ele, qualidade para o escoamento da produção agrícola. Investimentos como a licitação que está prestes a ser lançada do trecho ferroviário do Programa de Investimentos em Logística, que prevê a concessão para construção de 11 mil quilômetros em ferrovias no país. Deste total, somente em Mato Grosso, são mais de 880 quilômetros, compreendendo um investimento de mais de R$ 5 bilhões.

“A ampliação da malha ferroviária sempre foi minha luta. Já fomentei diversos debates para tratar de alternativas na logística de Mato Grosso”, afirmou.

Fagundes também comentou sobre novos projetos em andamento, especialmente no setor ferroviário, apresentando a popular ‘Ferrogrão’. “Essa ferrovia tem o traçado entre Sinop e o Porto de Miritituba, no Rio Tapajós, no Pará, numa distância de mil quilômetros e em outro ramal, parte de Sapezal até Porto Velho. Essas alternativas estratégicas e que facilitam o escoamento e por consequência, impulsionam a economia do Estado, são uma das minhas prioridades”, declarou.
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