A China deverá produzir um recorde de 232 milhões de toneladas de milho na safra 2015/16, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, pelo Centro Nacional de Grãos e Oleaginosas da China (CNGOIC, na sigla em inglês). O aumento será de 7.6% em relação ao ciclo anterior.

Conforme o governo chinês, com o expressivo aumento na produção, as indústrias daquele país devem diminuir as importações do cereal de países como o Brasil, Estados Unidos e Argentina. A estimativa é que a redução seja de até 50%, considerando os estoques atuais (acima de 150 mi/ton) e a nova safra a ser colhida.

Na posição de maior consumidor mundial de soja e milho, a diminuição das compras por parte da China deverão impactar os preços na Bolsa de Chicago (CBOT). A cotação do cereal nesta quinta-feira na CBOT operava com quedas de até 9% no decorrer do pregão, para os contratos futuros.

Imea alerta produtor rural sobre momento certo de vender safra de milho
Produtividade do milho pode chegar a 100 sacas por hectare em MT

Para o produtor de Mato Grosso, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) já alertou sobre o momento certo de negociar a produção quando o preço se aproximar do ‘ponto de equilíbrio’ – considerado ideal pelo Imea quando a saca atingir R$ 17.46.

Além do recorde na safra chinesa, outro fator que reforça a queda na cotação do preço futuro do milho são as condições favoráveis do clima, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

O Imea lembra que as boas chuvas em Mato Grosso elevaram a produtividade, avançando para 100,02 sacas de 60 quilos por hectare. A ajuda do clima fará com que a produção mato-grossense salte para 17,8 milhões de toneladas, aumentando a oferta de milho no mercado.