O pacote de concessões à iniciativa privada de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos anunciado esta semana pelo governo federal vai amenizar o custo da produção brasileira, segundo análise do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Marcos Montes (PSD-MG).
“É preciso abrir as portas do país a quem deseja investir aqui. Dar a oportunidade inclusive em áreas essenciais, como a logística, que é um dos grandes entraves que o Brasil tem. A concessão dentro do rigor que a lei exige será muito bem vinda, pois vai diminuir o custo para se produzir”, comentou o parlamentar.
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O pacote faz parte da segunda etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL) e prevê R$ 198 bilhões em obras pelo país nos próximos anos. Cerca de R$ 70 bi já serão aplicados entre 2015 e 2019. Além de possibilitar facilidade no escoamento da produção, o plano tem por objetivo “destravar” a economia nos próximos anos.
Para Mato Grosso estão previstas concessões de trechos de três rodovias e a implantação de duas ferrovias. O volume de recursos beneficiando o agronegócio de Mato Grosso, em obras, supera os R$ 67 bilhões – R$ 50 bi em linhas férreas e pouco mais de R$ 17 bi em pavimentação e duplicação.
Entre as estradas que serão duplicadas estão: o trecho ligando Sinop a Itaituba (PA); a via federal entre Rondonópolis, Jataí e Goiânia; e os mais de 800 km entre Comodoro (636 km a Oeste de Cuiabá) e Porto Velho (RO). As duas primeiras devem ser leiloadas já em 2015 e, o terceiro trecho, a partir de 2016.
Conforme o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, a linha férrea de R$ 10 bilhões ligando Lucas do Rio Verde (335 km ao Norte de Cuiabá) até à estação de transbordo em Miritituba, no município de Itaituba (PA), deve ter edital pronto até o ano que vem. Já a Ferrovia Transoceânica só deve sair do papel depois de cinco anos, devido ao gigantismo e complexidade da obra.
