O consumo de gás natural em Mato Grosso, mais precisamente em Cuiabá, caiu 40% em julho no comparativo com o mês o ano passado, enquanto em relação a junho a queda foi de 15,8%. Entre os principais motivos apontados para o recuo estão a redução do preço do litro do etanol hidratado (para abastecer veículos flex) e o fechamento de uma indústria.

Hoje, Mato Grosso conta com cinco indústrias utilizando o gás natural como matriz energética e cinco postos de combustíveis com revenda.

Conforme levantamento da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), em julho foram comercializados 204,6 metros cúbicos (m³) de gás natural foram consumidos no Estado, sendo 145,7 metros cúbicos por veículos e 58,9 metros cúbicos pelas indústrias.

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Os volumes, segundo a Abegás, são menores que julho de 2013 quando 341 metros cúbicos foram consumidos no total, dos quais 198,4 metros cúbicos por veículos e 142,6 metros cúbicos por indústrias. Em junho deste ano haviam sido 243 metros cúbicos, sendo 147 metros cúbicos por veículos e 96 metros cúbicos pelas indústrias.

A queda do consumo pela indústria é decorrente ao fechamento de uma das que utilizavam o gás como matriz energética e a recessão que Mato Grosso vive, explica o engenheiro responsável pela GNC Brasil Francisco Jammal Almeida. “Com a economia do país como está algumas reduziram o ritmo de produção e isso afetou o consumo do gás natural. Além disso, no caso dos veículos tivemos queda no preço do etanol para impactar no gás”.

Hoje, é possível encontrar o litro do etanol entre R$ 1,59 e R$ 1,89 em Cuiabá. O metro cúbico do gás natural é comercializado a R$ 2,19. “O que muitos que possuem gás no veículo não olham é a diferença do consumo. Ele pode estar pagando R$ 2,19 pelo gás, mas pode rodar até 50% com um metro cúbico do que com um litro de etanol”.