O corte 30% de repasses proposto pelo governo federal para o Sistema S (Sesc, Senai e Sesi, entre outras entidades) provocará em Mato Grosso o fechamento de seis unidades operacionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT) e do Serviço Social da Indústria (Sesi-MT). Como consequência será gerado um déficit de mais de 60 mil matrículas por ano, bem como causará a demissão de 41,32% do quadro funcional das unidades operacionais no Estado.
Os números do que pode ocorrer caso o governo federal suspenda parte dos repasses ao Sistema S foram apresentados nesta segunda-feira, 28 de setembro, pelo Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt). Trabalhadores e alunos do Sistema S em Cuiabá realizaram na segunda-feira um ato em defesa ao sistema no Sesi Papa.
O corte de repasses em 2016 pode provocar ainda a suspensão da construção de cinco novas unidades operacionais em Mato Grosso.
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“Não podemos deixar o governo desviar o dinheiro do setor produtivo para cobrir seus gastos e o rombo do orçamento. O Sistema S é imprescindível para dar condições de competitividade às empresas e na melhoria da qualidade de vida e educação de todos os brasileiros”, afirma o presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan.
Conforme o superintendente do Sesi-MT, José Carlos Dorte, caso o corte proposto seja aprovado, 2 mil alunos da educação básica ficarão sem escolas em Cuiabá e Várzea Grande, uma vez que duas unidades do Sesiescola serão fechadas.
“Quando estamos fazendo essa defesa não é somente do nosso emprego, estamos fazendo a defesa do cidadão que, lá na ponta, recebe o nosso serviço. De 18 a 20% do que arrecadamos vai para a gratuidade para o cidadão. Se isso ocorrer, estaremos retirando a educação do trabalhador, qualificação profissional, o Sesipark e vamos deixar de fazer o Multiação. Não podemos deixar isso acontecer”, pontua Dorte.
Brasil
Conforme o Sistema Fiemt, no Brasil 300 escolas do Senai serão fechadas caso o corte seja aprovado. Por ano, no país são ofertadas 1,8 milhão de vagas em cursos profissionais. Com a redução dos repasses 735 mil alunos deixarão de estudar no Sesi.
