A proposta do governo federal em criar uma tabela de frete de forma referencial, sem obrigatoriedade, foi classificada como "insensível" pelo deputado federal de Mato Grosso Adilton Sachetti (PSB-MT). Segundo o parlamentar, ele não viu avanço algum por parte do governo federal.

Em Mato Grosso, até o momento, estão com pontos de bloqueio Rondonópolis, Diamantino, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. Há informações de nas próximas horas Matupá e Guarantã do Norte fecharem a BR-163 impossibilitando que se chegue ao porto de Miritituba, no Pará. Sorriso também pode ter bloqueios a qualquer momento.

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"Não vi hoje (22) avanço nenhum da parte do governo, que não se dispôs a fazer a tabela do preço mínimo e também não trouxe nenhuma outra proposta que ajudasse os caminhoneiros. Os caminhoneiros tinham uma expectativa. Agora, o governo vai ter que buscar uma solução que envolva uma política pública de médio ou longo prazo para tentar resolver a situação deles", destacou Adilton Sachetti em nota.

A nova greve dos caminhoneiros, como o Agro Olhar já comentou, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia ocorre cerca de dois meses após paralisação que chegou a provocar falta de combustível nos postos do Brasil e alimentos nos supermercados. No Paraná, por exemplo, o litro da gasolina chegou a ser comercializado a R$ 5 e em Mato Grosso chegou-se a encontrar o gás de cozinha (botijão de 13kg) em torno de R$ 100.

A paralisação nesta quinta-feira (23), por tempo indeterminado, é decorrente a não regulamentação da Tabela de Frete Mínimo e sim proposto uma tabela de forma referencial sem obrigatoriedade.

De acordo com os caminhoneiros, apenas carros de passeio, motos, ambulâncias, viaturas de polícia e ônibus estão autorizados para trafegar pelas rodovias mato-grossenses.