Sob a chuva fina e constante que cai em Sinop nesta manhã de terça-feira, Dilma Rousseff (PT) desembarcou do avião presidencial, por volta das 9h, no Aeroporto Municipal João Batista Figueiredo. De lá, a presidente da República seguiu de helicóptero para Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá), onde faz lançamento simbólico da colheita da safra em Mato Grosso.

O evento acontece na Fundação Rio Verde, também com a presença do ministro da Agricultura, Antônio Andrade, do secretário de Política Agrícola, Neri Geller; do governador Silval Barbosa (PMDB), dos senadores Blairo Maggi (PR), Pedro Taques (PDT), Jaime Campos (DEM) e Kátia Abreu (PSD-TO), deputados federais e estaduais, prefeitos da região, entre outros ocupantes de cargos eletivos.

Cerca de dois mil produtores rurais do Estado marcam presença no evento, com cobranças específicas para a presidente do País: mais investimentos em logística de transporte, solução de conflitos fundiários relacionados à ampliação de terras indígenas e o apoio à comercialização do milho mato-grossense.

Mais de dois mil produtores rurais farão cobranças a Dilma em Lucas do Rio Verde

O movimento dos produtores irá, pelo menos na área de logística, ao encontro do discurso que será feito pela presidente em Lucas. Ela abordará a duplicação da BR-163 em Mato Grosso – que será feito por empresas privadas mediante cobrança de pedágios – e a futura licitação da Ferrovia da Integração do Centro-Oeste (Fico), que terá terminal de cargas naquele município.

O município de Lucas do Rio Verde foi escolhido para sediar o evento pela representatividade local no agronegócio brasileiro, colhendo 1,5% de toda a produção nacional de grãos. A colheita de soja, por exemplo, é estimada em 800 mil toneladas por ano em 240 mil hectares plantados, enquanto a de milho é de 1,1 milhão de t. em 170 mil ha. Outro destaque é o algodão, com cerca de 7,5 mil t. em 30 mil ha.