Famílias de agricultores em Goiás organizam mutirões para participar do programa Lavoura Comunitária. O governo estadual e as prefeituras entram com o dinheiro para comprar sementes, insumos e pagar o arrendamento da terra, já a mão-de-obra fica por conta dos produtores.

Francisco Magalhães mostra o arroz que ele recebeu do programa Lavoura Comunitária em 2013. Foram três sacas, deu para o ano inteiro e ainda sobrou bastante para 2014. O consumo é para ele, para a mulher, dois filhos e um neto e este ano, o agricultor está mais otimista ainda.

Em dia de mutirão, ele joga a enxada nas costas para se reunir com os outros moradores de Itaguaru, que também fazem parte do programa. Eles estão cultivando uma área de 30 hectares de arroz em uma fazenda do município, que fica a 115 quilômetros de Goiânia.

Somente em Itaguaru, mais de 300 famílias estão participando desse programa e pelo menos um integrante de cada uma delas precisa pegar na enxada e participar efetivamente da Lavoura Comunitária.

O programa é aberto aos 246 municípios goianos. A Secretaria Estadual de Agricultura fornece as sementes e o adubo, as prefeituras o terreno e as máquinas para o plantio e colheita. As famílias que mais precisam do arroz em casa são as selecionadas.

Cerca de 30 mil famílias estão sendo beneficiadas e juntas, elas já plantaram cerca de 15 mil hectares.

As plantas estão em fase de formação de cachos. Em 30 dias, acontece a colheita do arroz. “Hoje estamos vendo que o tempo está propício para chuva e devemos ter uma grande produção e com boa qualidade. A expectativa é de colher em torno de 3 mil quilos por hectare”, explica Oscar Martins dos Santos, coordenador local do programa.