As exportações totais de Mato Grosso tiveram que recuo 3,47% em 2014, no acumulado do ano até setembro, em comparação ao ano passado. A queda nas negociações é creditada ao milho, que tiveram recuo de 52,48%, e ao algodão com 11,51%. Em contrapartida os embarques de soja em grão subiram 11,15%. Alta do dólar impede decréscimo maior.

Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e apontam uma soma de US$ 12,314 bilhões em produtos mato-grossenses, em sua maioria matéria-prima, enviados ao exterior entre janeiro e setembro. No ano passado haviam sido US$ 12,757 bilhões. Em termos de volume o recuo foi de 25,154 milhões de toneladas para 23,914 milhões de toneladas.

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Analisando as informações de volume embarcado e o montante que resultou, verifica-se que as constantes altas do dólar seguraram uma possível queda maior nas negociações.

De acordo com o MDIC, a soja em grãos lidera com US$ 7,103 bilhões negociados, contra os US$ 6,390 milhões do ano passado. O bagaço de soja, em contrapartida, mesmo figurando em segundo lugar, decaiu de US$ 1,558 bilhão para US$ 1,537 bilhão. A farinha e "pellets" da extração do óleo de soja é o sexto item mais embarcado por Mato Grosso e apresentou, até setembro, alta de US$ 197,1 milhões para US$ 383,6 milhões em 2014. Já o óleo de soja, que ocupa a sétima colocação, caiu de US$ 267,8 milhões para US$ 194,9 milhões as negociações.

O milho segue em decréscimo nos embarques motivado pela recuperação dos Estados Unidos na produção do cereal na última safra. De janeiro a setembro as 5,510 milhões de toneladas enviadas resultaram apenas US$ 1,070 bilhão, enquanto em 2013 haviam sido 8,765 milhões de toneladas e US$ 2,253 bilhões no mesmo período. Apesar disso o cereal foi o terceiro item mais enviado pelo Estado.

Os altos estoques mundiais continuam a fazer os envios de algodão recuarem em Mato Grosso. Em nove meses o Estado, maior produtor de algodão do Brasil, enviou apenas US$ 392,1 milhões contra US$ 443,1 milhões do ano passado.

A carne bovina desossada teve alta de 20,95%, com a retomada da Rússia, principalmente, saltando de US$ 618,7 milhões para US$ 748,3 milhões, o que levou a commoditie a ser a quarta mais embarcada pelo Estado.