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Cada dia mais caro

Glauber questiona rentabilidade da produção brasileira e lamenta enorme aumento de custos no país

23 Abr 2014 - 10:00

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Ilustração

Glauber questiona rentabilidade da produção brasileira e lamenta enorme aumento de custos no país
Produzir nas lavouras brasileiras é uma atividade cada vez mais difícil e mais cara, assim analisa o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira.

Em postagem publicada em seu blog Soja, Glauber questiona a rentabilidade da produção agrícola nacional, especialmente em baixa escala, situação na qual fica difícil obter lucros.

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“Os produtores brasileiros vivem em um embate diário com legislações, questões indígenas, ambientais. No Mato Grosso são 680 mil hectares embargados pelo IBAMA retirados da produção. A todo o momento somos surpreendidos com algo novo: suspensão de defensivos, emenda para tributação da soja, um novo formulário que precisa ser preenchido, uma nova licença exigida”, argumenta o presidente da Aprosoja Brasil.

Glauber pontua que os custos para produzir soja no país subiram 100% nos últimos 4 anos, de acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), considerando preços de fertilizantes, defensivos, sementes, mão de obra, operações agrícolas e outros.

Ele compara que quando o Brasil é colocado ao lado de seus competidores, empata em questão de custos apenas com a Argentina, país em que o governo cobra 35% de impostos sobre a produção.

Os produtores de soja dos Estados Unidos estão com um custo por hectare de U$ 750, a Argentina com impostos U$ 900 e U$ 300 sem impostos, o Brasil na média com U$ 900 e Mato Grosso com U$ 1.300, informa Silveira.

“É interessante lembrar, que há dez anos o custo do Brasil era menor que dos EUA e da Argentina, por exemplo, na safra 2003/04 o do Brasil era de U$450, da Argentina U$ 510 e dos EUA U$ 600. Como podemos observar, no Brasil tivemos um crescimento no custo de 100% em dólar nos últimos dez anos, enquanto que nos EUA apenas 25%, isto é um reflexo claro da falta de logística e outras deficiências brasileiras”, explica.

Glauber diz que neste cenário, o aumento de custos está sorrateiramente matando produtores na atividade. “Precisamos de seguro de produção, de renda, segurança jurídica e produtos competitivos para produzir. Caso contrário, o que nos resta é dar a resposta adequada, aquela mais desaforada e presa na garganta de todos”, finaliza o presidente da Aprosoja Brasil.
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