Mais uma vez Mato Grosso seguiu na contramão do Brasil. O Estado, maior produtor de grãos e de bovinos, registrou alta de 1,49% nas exportações do agronegócio em 2014, até maio, em relação ao ano passado. O desempenho verificado é de US$ 6,985 bilhões embarcados em commodities, dos quais apenas US$ 5,467 bilhões são do complexo soja.

Em 2013 foram enviados para fora do Brasil US$ 6,882 bilhões em produtos oriundos de Mato Grosso. O montante é o resultado de 13,441 milhões de toneladas. Em 2014 foram 13,823 milhões de toneladas de produção agropecuária, além de florestais.

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Os números são da Balança Comercial do Agronegócio, divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Soja

O complexo soja é o líder mato-grossense em embarques, assim como o verificado na balança nacional. Entre janeiro e maio US$ 5,467 bilhões foram enviados pelo complexo, negócios que superam em 18,2% os US$ 4,625 bilhões do ano passado. Ao todo foram 10,577 milhões de toneladas entre soja em grão, farelo e óleo de soja em 2014, contra 8,592 milhões de toneladas exportadas em 2013.

Somente a soja em grão registrou aumento de 23,8% nos negócios, disparando de US$ 3,596 bilhões para US$ 4,454 bilhões. Em volume adquirido pelo exterior o salto foi de 6,770 milhões de toneladas para 8,851 milhões de toneladas.

Milho e algodão

Os envios de milho caíram 53,9% entre um ano e outro. O motivo segue a recuperação da produção nos Estados Unidos, maior produtor do cereal hoje. Conforme a balança comercial, a queda foi de US$ 1,243 bilhão para US$ 573,7 milhões. Em termos de volume a retração foi de 4,4 milhões de toneladas para 2,9 milhões de toneladas.

O algodão segue em queda, assim como já havia sido verificado em 2013. A redução dos embarques em 2014 é de 47% no comparativo com 2013, ou seja, de US$ 277,1 milhões para US$ 146,6 milhões. De janeiro a maio apenas 75,8 milhões de toneladas de algodão saíram de Mato Grosso com destino algum país do exterior.

Carnes

As carnes mato-grossenses registraram elevação de 6,1% nos envios, um aumento de US$ 649,1 milhões para US$ 688,7 milhões. Contudo ao analisar o volume houve queda de 1,9%, de 194,5 mil toneladas para 190,8 mil toneladas.