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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Agricultura

Milho: Em Chicago, mercado inicia a semana com ligeiros ganhos

Por volta das 8h32 (horário de Brasília) os contratos da commodity exibiam altas entre 1,50 e 1,75 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 4,36 por bushel.

O mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo registrado no final da semana anterior. Na última sexta-feira, as cotações do cereal subiram entre 5,75 e 6,00 pontos no mercado internacional. Os preços foram impulsionados pelos novos números de oferta e demanda reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O órgão revisou para baixo a área colhida com o cereal na temporada 2015/16, a produção de milho e os estoques finais da safra nova. As informações acabaram dando suporte aos futuros do milho em Chicago. Paralelamente, o comportamento do clima no Meio-Oeste dos EUA permanece sendo observado pelos investidores.

Para essa semana, as chuvas deverão ser esparsas e de baixa intensidade, conforme informações divulgadas pela Somar Meteorologia. O cenário deverá ser mantido nas próximas duas semanas. As precipitações com maior intensidade deverão ser observadas a partir do mês de agosto.

Ainda hoje, o departamento norte-americano traz os novos números do acompanhamento de safras. Outro fator que também pode influenciar o andamento dos negócios na CBOT é o boletim de embarques semanais do USDA.

Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:

Milho: Mercado reflete números do USDA e fecha sessão em alta na CBOT; ganho semanal ficou acima de 2%

Apesar da queda mais forte registrada no início da semana, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) acumularam ganhos semanais entre 1,93% e 2,31%. Na sessão desta sexta-feira (10), os principais contratos exibiram altas entre 5,75 e 6,00 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 4,34 por bushel, depois de ter iniciado o dia a US$ 4,29 por bushel.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, o mercado do cereal foi impulsionado pelos números de oferta e demanda mundial e dos EUA reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira. A área a ser colhida com o cereal na safra 2015/16 ficou em 32,18 milhões de hectares, contra os 33,1 milhões de hectares indicados no boletim de junho.

Enquanto isso, a área cultivada registrou pouca modificação ao passar de 36,1 milhões de hectares para 36 milhões de hectares. Contudo, o departamento revisou para baixo as projeções para a safra norte-americana do grão da temporada nova de 346,2 milhões para 343,7 milhões de toneladas. No entanto, o número ainda ficou acima do esperado pelos investidores entre 327,42 milhões e 344,57 milhões de toneladas, com média de 340,25 milhões.

Do mesmo modo, os estoques finais de milho da safra 2015/16 recuaram de 45 milhões para 40,6 milhões de toneladas. As apostas do mercado estavam entre 26,42 milhões a 48,52 milhões de toneladas, com média de 38,31 milhões de toneladas. A produtividade média das lavouras ficou em linha com o relatório anterior, de 174,5 sacas do grão por hectare.

Já as exportações foram estimadas em 47,6 milhões de toneladas, contra as 48,3 milhões de toneladas projetadas em junho. O milho destinado à produção de etanol apresentou ligeira alta, de 132,1 milhões para 132,7 milhões de toneladas.

Da safra 2014/15, os estoques finais norte-americanos ficaram em 45,18 milhões de toneladas. Os estoques eram esperados entre 43,84 milhões e 47,65 milhões de toneladas, com média de 45,95 milhões de toneladas do cereal.

Paralelamente, o clima nos EUA continua a ser observado pelos participantes do mercado. Por enquanto, as previsões climáticas ainda indicam chuvas acima da média para os estados de Illinois, Indiana e Ohio. Inclusive, no estado de Indiana cerca de 21% das lavouras de milho apresentam condições ruins ou muito ruins até o início dessa semana. Em Ohio, o índice era de 15%, ainda conforme último boletim de acompanhamento de safras do órgão.

Ainda de acordo com dados da Farm Futures, o tempo mais chuvoso continua a ser uma preocupação para as culturas, tanto soja, como no milho, mesmo depois do departamento norte-americano ter indicado uma leve melhora nas condições das lavouras no início dessa semana. O USDA atualiza os seus números na próxima segunda-feira (13).

Ao longo dessa semana, outro fator que também acabou influenciado o andamento das negociações foi o mercado financeiro. O impasse em relação à divida da Grécia e as informações da economia da China pesaram sobre os preços do milho no mercado internacional.

Mercado interno

A semana também foi positiva para os preços do milho negociados no mercado interno brasileiro. Em meio à valorização registrada no mercado internacional e também no câmbio, as cotações subiram conforme levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. Em São Gabriel do Oeste (MS), a alta semanal foi de 14,29%, com a saca do cereal negociada a R$ 20,00 nesta sexta-feira.

Em Não-me-toque (RS), o ganho foi de 4,76% e a saca do milho fechou a semana a R$ 22,00. Na região de Cascavel (PR), a valorização foi de 4,57% e a saca do milho encerrou a sexta-feira a R$ 20,60. O mesmo preço foi praticado nas praças de Ubiratã e Londrina, ambas no Paraná, porém, a alta foi de 0,98%.

Na localidade de Tangará da Serra (MT), a saca do milho fechou a semana a R$ 16,00, com alta de 3,23%. Em Campo Novo do Parecis (MT), a saca ficou em R$ 15,00, com ganho de 3,45%. No Porto de Paranaguá, a semana foi de estabilidade com o preço da saca do milho para entrega em agosto/15 a R$ 30,00.

Milho - Variação semanal no mercado interno brasileiro

Na visão do analista de mercado da FCStone, Glauco Monte, as cotações de Chicago mais firmes, acima dos US$ 4,00 por bushel, juntamente com o dólar próximo dos R$ 3,20 deram suporte aos preços do cereal no mercado interno. "Mas para ter preços mais elevados do que os atuais patamares precisaremos ver uma quebra de safra nos EUA, para, consequentemente ter cotações mais elevadas em Chicago ou uma puxada mais forte no câmbio", afirma.

Exportações brasileiras

No acumulado dos três primeiros dias do mês de julho, as exportações de milho registraram uma média diária de 21 mil toneladas. Em comparação com o mesmo período de junho, o número representa um ganho de 222,7%, uma vez que no mês anterior, a média era de 6,5 mil toneladas.

No mesmo período, os embarques renderam ao Brasil uma receita de US$ 3,6 milhões, na média diária, alta de 224,9% em relação ao mês passado. Em igual período de junho, a receita diária foi de US$ 1,1 milhão. As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e foram reportados pela Secretaria de Comércio Exterior nesta semana.

BM&F Bovespa

A sessão desta sexta-feira foi de alta aos preços do milho negociados na BM&F Bovespa. As principais posições da commodity encerraram a sessão com valorizações entre 1,79% e 2,45%. O vencimento setembro/15 era cotado a R$ 28,50 a saca do cereal.

Na última quarta-feira (8), as cotações futuras também subiram em decorrência das preocupações com as chuvas em algumas localidades do Brasil, o que tem impedido o avanço da colheita da 2ª safra, de acordo com os analistas. No Paraná, um dos estados que mais acumulou chuvas nos últimos dias, as preocupações são com a ocorrência de grãos ardidos e as espigas brotando.
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