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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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OPÇÃO

Pesquisadores mostram técnicas de formação de pastagem para ‘boi safrinha’

No dia de campo também foram apresentados alguns resultados de pesquisas desenvolvidas em Mato Grosso com o consórcio de milho com braquiária.

Foto: Imagem ilustrativa

'Safrinha' com boi pode dar bom retorno ao produtor

'Safrinha' com boi pode dar bom retorno ao produtor

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) repassaram, a pecuaristas e agricultores, na sexta-feira, 27 de fevereiro, as técnicas para o estabelecimento da planta forrageira em sistema de integração lavoura-pecuária para utilização do “boi safrinha”. As explanações ocorreram durante o 5º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária, que a Embrapa e o Sistema Famato/Senar promoveram em Sinop.

Em uma das cinco estações de campo, o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Alexandre Ferreira e o consultor Marcelo Volf mostraram diferentes opções de formação da pastagem pós-lavoura. Entre as novidades está a adoção da sobressemeadura de braquiária após a formação dos grãos de soja. O sistema vem sendo utilizado com sucesso em regiões como o Vale do Araguaia e do Xingu.

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De acordo com Marcelo Volf, quando a lavoura está em R 5.5, fase em que os grão já estão formados e a planta começa a amarelar, as sementes da forrageira são lançadas na área utilizando-se um avião. "Com a sobressemeadura ganhamos de 25 a 30 dias em relação ao plantio direto após a colheita da soja. Quando o produtor está colhendo a soja, a planta da braquiária já está começando a perfilhar", disse Volf.

O consultor explicou que em regiões com menor intensidade de chuva, como o Vale do Araguaia, a sobressemeadura deve ser feita até o dia 25 de fevereiro para que a pastagem seja bem formada. Entretanto, devido ao custo operacional, a técnica não é recomendada quando a forrageira é usada apenas como cobertura de solo e formação de palhada.

"A rentabilidade do boi safrinha compensa os gastos, uma vez que a receita da pecuária é muito maior do que a do milho safrinha", exemplifica o consultor.

Já para regiões onde o período chuvoso é mais longo e o milho é a tradicional cultura de segunda safra, o consórcio de milho com braquiária é alternativa para formação de pastagem. De acordo com o pesquisador Alexandre Ferreira, esse consórcio pode ter como finalidade a cobertura do solo para lavoura do ano seguinte, ou a formação de pastagem para sistema agropastoril.

"Não há uma receita pronta para o consórcio. Existem muitos detalhes que devem ser ajustados na propriedade, como espaçamento, quantidade de semente, tipo de forrageira, forma de plantio, etc. São detalhes que farão diferença no sucesso da implantação", explica Ferreira.

No dia de campo também foram apresentados alguns resultados de pesquisas desenvolvidas em Mato Grosso com o consórcio de milho com braquiária. "Temos resultados obtidos aqui em Mato Grosso que mostram que você não tem perda de produtividade no milho dependendo da densidade de forrageira utilizada no sistema", informa o pesquisador, por meio da assessoria.
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