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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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EM MATO GROSSO

Piscicultura é a nova alternativa de renda do setor produtivo

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Piscicultura aos poucos está crescendo em Mato Grosso

Piscicultura aos poucos está crescendo em Mato Grosso

A produção de peixe em Mato Grosso ainda é um grande desafio, principalmente diante a dificuldade de se conseguir celeridade nos processos ambientais e quanto à falta de técnicos capacitados para prestação de consultoria. Hoje, o custo de produção equivale a cerca de 50% do lucro, dependendo da variedade criada.

A piscicultura em Mato Grosso, segundo a gestora do Projeto de Piscicultura do Sebrae-MT, Valéria Pires, ainda é uma atividade nova no quesito comercial, aproximadamente 20 anos. Porém, a partir de 2006 com a criação da Associação dos Aquicultores do Estado de Mato Grosso (Aquamat) começou a tomar as proporções vistas atualmente.

O Estado é hoje o primeiro produtor de peixe nativo do Brasil e o terceiro maior produtor de peixe do país. São mais de um mil piscicultores, revela o Sebrae-MT, espalhados pelo Estado, sendo a maioria situados na região do Vale do Rio Cuiabá.

“O desafio hoje do setor é conseguir que haja mais celeridade no processo ambiental e mais técnicos capacitados para prestar consultoria”, comenta Valéria Pires, revelando que em 2012 e 2014 o Sebrae-MT realizou missões para o Chile (2012) e a Bélgica (2014) com grupos de piscicultores para a transferência de tecnologia (troca de conhecimentos).

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Há três anos Waldemar Silva Junior começou a produzir pintado na propriedade rural da família em Nova Marilândia de forma comercial. Na propriedade, comenta ele, a princípio a pecuária de corte e leiteira são as principais atividades.

“A propriedade está na família há 50 anos e há cerca de 20 anos estourou uma represa e começamos a produzir peixe apenas para consumo próprio. Contudo, decidimos buscar consultoria para melhorar a represa e vimos que podíamos colocar os peixes para vender. Optamos pelo pintado por dar uma lucratividade melhor, mesmo com seu custo de produção sendo mais caro que as outras espécies”, explica Waldemar.

A área destinada à piscicultura na propriedade da família de Waldemar está localizada em uma área de 20 hectares de lâmina d’água, mas espera-se atingir 30 hectares de lâminas. “Por hectare chego a produzir até 12 toneladas de pintado. O custo de produção do pintado equivale a cerca de 50% do lucro, mas ainda é mais rentável que os demais. A piscicultura está crescendo. É uma alternativa de renda até para o pequeno produtor. É uma atividade sustentável e que gera receita”.

Feira Nacional de Peixes Nativos de Água Doce

O Sebrae-MT entre os dias 16 e 18 de outubro realiza, em Cuiabá, a Feira Nacional de Peixes Nativos de Água Doce e o Seminário Técnico de Peixes Nativos de Água Doce. Os eventos serão realizados no Centro de Eventos do Pantanal.

Durante os três dias serão debatidos tecnologia, mercado, sustentabilidade e gastronomia. De acordo com a gestora do Projeto de Piscicultura do Sebrae-MT, Valéria Pires, um dos objetivos é mostrar que o peixe pode ser inserido na gastronomia gourmet e em cardápios de restaurantes foram do âmbito das peixarias.
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