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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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IMPACTO CRISE BRASIL

Preços de imóveis podem subir em 2017 com alta demanda e baixa oferta

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Preços de imóveis podem subir em 2017 com alta demanda e baixa oferta
A alta demanda por imóveis e baixa oferta dos mesmos proporcionará o aumento de preços em 2017 e 2018. O melhor momento para adquirir um empreendimento, na opinião dos construtores, é agora. Segundo o setor, os imóveis irão sofrer impactos em 2016 com os aumentos de carga tributária, energia, frete, óleo diesel, entre outros.

Mato Grosso, mais precisamente Cuiabá, verificou-se entre meados de 2008 e 2011 um “boom” de lançamentos de empreendimentos imobiliários. Na ocasião, revela o setor da construção civil, tinha-se segurança jurídica e, principalmente, disponibilidade de financiamento, o que não se vê hoje.

“Temos um conjunto de coisas acontecendo. Mercado promissor, mercado demandando, condições financeiras de adquirir e condições de financiar. Esse quadro já está borrado. O que se percebe é que o mercado está se ajustando. Houve redução de lançamentos e isso é natural por si só porque o mercado é feito de ciclos, só que ele está em movimento de decida”, destaca o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Cezário Siqueira Neto.

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De acordo com o presidente do Sinduscon-MT, Mato Grosso é um estado receptor, o que acaba gerando mais déficit de moradia. “O que nós não temos hoje é financiamento. Temos comprador, temos moradia, mas não temos o financiamento. A partir do momento que se conseguir o mercado voltará a crescer”.

Questionado sobre recuo nas vendas de imóveis Cezário Siqueira comenta que houve sim, “mas, achou-se que seriam mais acentuadas, porém viu-se que as pessoas pouparam e aproveitaram as promoções que surgiram”. Conforme o presidente do Sinduscon-MT, esse é um momento excelente de comprar.

“Há demanda, temos mais pessoas chegando ao estado, temos menos lançamentos e o que vai ocorrer em 2017 e 2018? Nós vamos ter uma grande procura e baixa oferta de imóveis. O que vai ocorrer com os preços? Vão subir. Essa é a lei do mercado. O momento ideal para comprar é agora. Quem tem essa possibilidade de planejar, pegar recurso próprio, pagar uma taxa e aderir a 80% do financiamento, como é hoje para imóveis novos, faça. Por quê? Porque todos esses imóveis que serão construídos vão sofrer impactos e repasses a partir de 2016 dos custos de aumento de carga tributária, energia, frete, diesel, entre outros”, destacou em entrevista ao Agro Olhar.

O presidente do Sinduscon-MT pontua que o setor está “segurando” esse processo de aumento de preço hoje, pois há imóveis que já estavam prontos. “Mas, os que vamos começar a construir já vai pegar cimento mais caro, aço mais caro e energia mais cara. Não vamos conseguir fazer e vender pelo preço que vendemos hoje”.

Freio geral

A crise que assola o Brasil de fato tem levado a redução de investimentos. Tanto que muitos estão preferindo ampliar ou reformar o imóvel que possui seja ele residencial ou comercial.



“Nestes seis meses o que se tem mais trabalhado é com reforças e licenças. O mercado retraiu devido o cenário político-econômico do Brasil”, comenta o arquiteto e urbanista da Pavilion Arquitetura e Consultoria, João Neto. “Enquanto, não houver uma estabilidade político-econômica não veremos investimentos”, acrescenta o coordenador de projeto da Pavilion, Abimael Miranda.

Outro fator apontado por João Neto para o freio em investimentos na área da construção civil é a troca de governo em Mato Grosso que por 90 dias travou a economia do estado com a “suspensão” dos pagamentos por parte do governo. “Além de tudo isso, ainda temos a demora de liberação de licenças por parte da Prefeitura de Cuiabá, que chega levar nove meses, ou seja, um parto. O ideal seria haver um Ganha Tempo para atender as demandas do setor da construção civil”, frisa João Neto.
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