Olhar Agro & Negócios

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Agricultura

Presidente da CNA defende produção nacional de fertilizantes em fórum do agronegócio

A senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (PSD-TO), defendeu a produção nacional de insumos, principalmente fertilizantes. Abreu participou do Fórum Nacional de Agronegócios, realizado em Campinas (SP) durante o fim de semana.

– Fomentar o mercado de insumos é questão de segurança nacional. Somos uns dos principais importadores de fertilizantes. Acho que o Brasil precisa produzir pelo menos 50% do que se consome em insumos e fertilizantes – disse a presidente do CNA, que também cobrou agilidade no registro de defensivos agrícolas.

Crítica ao Mercosul

Durante o fórum, alguns especialistas em comércio internacional criticaram a estratégia do Brasil no Mercosul. Para a professora e pesquisadora da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) e coordenadora do Centro do Comércio Global e do Investimento do Algodão, Vera Thorstensen, o Mercosul “não acrescenta".

– O país só está aceitando regras – afirmou a professora.

Para o ex-embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, o Mercosul é um entrave para entrada do Brasil no comércio mundial. Já o diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, é necessário haver uma rápida revisão do Mercosul.

– O bloco comercial é agora uma camisa de força que impede o Brasil de negociar – afirmou.

A questão cambial foi citada pelos especialistas como um item a ser inserido nas negociações entre os países. Segundo Hugueney, a volatilidade do câmbio cria um ambiente de incertezas para o comércio global e atrapalha os negócios, adicionou Hugueney.

Integração para enfrentar complexidades

Também durante o Fórum, o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antonio Lopes, defendeu a integração dos diversos elos do agronegócio para que o setor consiga enfrentar as complexidades do mercado global.

– O Brasil reage muito. Mas é necessário um planejamento melhor para agirmos de forma mais rápida – afirmou.

Segundo ele, alguns aspectos que devem ser amplamente trabalhados pelo setor na questão de sustentabilidade: segurança biológica, tecnologia para manejo de água, mão de obra, inteligência territorial e inclusão dos pequenos produtores no comércio nacional e internacional.

Críticas ao Ministério da Agricultura

Já o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, afirmou que o Ministério da Agricultura precisa retomar sua representatividade no governo federal para que o agronegócio cresça mais e solucione rapidamente seus entraves.

– O ministério está completamente desestruturado. Tem perdido importância política, autonomia e tem sido assaltado pelas personalidades que lá trabalham – afirmou Ramalho.

Além de criticar a perda de nomes técnicos, o presidente da SRB criticou a perda de recursos do ministério.

– Temos retidos R$ 4 milhões no Plano Safra 2011-2012, e os R$ 131 milhões previstos no Plano Safra 2012-2013 – afirmou.
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