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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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FERRUGEM LÍDERA

Problemas sanitários nas lavouras de soja preocupam em Mato Grosso

Foto: Ascom Aprosoja-MT

Problemas sanitários nas lavouras de soja preocupam em Mato Grosso
A incidência de problemas sanitários nas lavouras de soja em Mato Grosso é um das grandes preocupações. Apesar dos nematoides estarem em cerca de 80% das áreas destinadas à oleaginosa, a ferrugem asiática segue na liderança das doenças no estado. Pesquisa da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), revela a preferência do produtor mato-grossense está pelas cultivares de ciclo médio.

As informações constam no diagnóstico do Circuito Tecnológico - Etapa Soja, realizado em outubro do ano passado, quando a semeadura da soja 2015/2016 era iniciada no estado.

Ao todo 56 municípios foram percorridos entre os dias 19 e 30 de outubro. Foram visitadas pelas equipes do Circuito Tecnológico 462 propriedades, coletadas 424 amostras de sementes e 116 amostras de fertilizantes para análise laboratorial.

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A preocupação dos produtores com a incidência de problemas sanitários nas lavouras foi um dos pontos que chamou a atenção do Circuito Tecnológico. Dos produtores entrevistados, 80% afirmaram ter problemas com nematoides. Já a ferrugem asiática segue na liderança das doenças com um índice de ocorrência de 40,1% das propriedades. Entre as pragas, o destaque foi a lagarta falsa-medideira citada por 22,3% dos produtores e a helicoverpa armigera por 16,5%. O percevejo foi citado por 15,2% dos produtores.

De acordo com o gerente de Planejamento da Aprosoja, Cid Sanches, informações como estas referentes às doenças e pragas, bem como o fato da preferência de 67% dos produtores entrevistados ser por cultivares de ciclo médio e que 50,9% dependem de tradings para armazenar a soja, são importantes para a entidade traçar as ações a serem desempenhadas em Mato Grosso.

“Temos agora um perfil mais detalhado do nosso agricultor, o que nos facilita a identificar que tipo de ações são necessárias por parte da associação”, observa Cid Sanches.

Uma das ações adotadas pela Aprosoja é o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Durante o Circuito Tecnológico 2015, 48,1% dos entrevistados revelaram planejar a adotar já no ciclo 2015/2016 tal técnica.

“Focamos a etapa prática do Simpósio Agroestratégico já no ano passado na divulgação e treinamento do MIP e também do Manejo Integrado de Doenças (MID), pois era uma demanda do produtor”, comenta o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas.

De acordo com a Associação, o MIP consiste no monitoramento periódico da propriedade para identificar se as populações de pragas estão registrando níveis de elevação que podem significar prejuízo econômico. O MIP pode, ainda, proporcionar uma redução no potencial de resistência dos produtos utilizados.
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