O produtor que estiver se sentindo prejudicado em relação à qualidade das sementes fornecidas para o plantio da safra 2014/2015 de soja deve procurar seu fornecedor para conversar sobre o problema, segundo orienta a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat).

De acordo com a entidade, muitos investimentos em infraestrutura, tecnologia de ponta e mão de obra qualificada têm sido realizados no setor nos últimos anos, tudo em prol de uma produção de alta qualidade e que atenda com eficiência os agricultores. “Todos os nossos associados trabalham e investem em nome da qualidade”, divulgou a associação.

Segundo o vice-presidente da Aprosmat, Gladir Tomazelli, existem duas análises muito importantes a serem feitas sobre as reclamações que vêm ocorrendo em relação às sementes de soja: uma delas é analisar de onde está vindo a maior parte dos produtos com problema, visto que uma fatia grande do mercado é proveniente de fora de Mato Grosso ou fruto da verticalização.

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A segunda análise é, na verdade, uma autoanálise do produtor, que deve relembrar o processo de armazenagem das sementes até o momento do plantio. “Nós tivemos escassez de chuvas no início do período esperado para o plantio. Os produtores retiraram as sementes em agosto e no começo de setembro e esse material pode ter ficado armazenado fora das condições mais adequadas, sofrendo com as altas temperaturas do período. A semente é um ser vivo”, frisou o vice-presidente.

Segundo ele, falar sobre qualidade é um tema que muito interessa à Aprosmat, que se coloca à disposição para discutir o assunto. Nesse sentido, Tomazelli também frisa a importância de o produtor dar preferência a sementeiros mato-grossenses, por conta da logística em geral, do transporte mais rápido e com menos exposição a danos e, sobretudo pela possibilidade de conhecer a estrutura de produção e manter um relacionamento mais estreito com o fornecedor, o que facilita o entendimento em situações atípicas como esta.

Ele também orienta que os produtores devem retirar as sementes com mais cautela, mais pausadamente, em situações em que não é possível planejar com exatidão o plantio ou quando não há estrutura adequada para armazenar o produto.