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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Produtores de Mato Grosso discutem implantação de mini usinas de etanol de milho

Foto: Reprodução/Internet

Produtores de Mato Grosso discutem implantação de mini usinas de etanol de milho
A transformação de milho em etanol é uma das alternativas discutidas nos últimos anos em Mato Grosso. Na quinta-feira (26) um grupo de produtores reuniu-se para verificar a possibilidade de implantar no Estado mini usinas para a produção de etanol de milho. Durante o encontro um modelo de parceria entre produtores e fornecedores foi apresentado.

Mato Grosso na safra 2014/2015 deve produzir aproximadamente 15 milhões de toneladas de milho. No ciclo 2012/2013 a produção chegou ao recorde de 22 milhões de toneladas, ficando parte da produção exposta a céu aberto.

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O modelo de mini usina para produção de etanol, que envolve parceria entre fornecedores e produtores, foi apresentado pela empresa Usinas Sociais Inteligentes Destilarias Sustentáveis S.A. (USI Biorefinarias). “É um modelo onde o produtor é agregado à cadeia do etanol de milho. É uma proposta de garantia de sustentabilidade de renda”, explica o presidente da empresa Francisco Mallmann.

A transformação de milho em etanol é discutida nos Estado em decorrência a "super-produção" nas últimas safras, a falta de capacidade de armazenamento encontrada em Mato Grosso e os preços baixos pagos pela saca de 60 quilos, que dependendo do momento da safra chega a R$ 8.

Conforme o ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e conselheiro da entidade, Glauber Silveira, são poucos os que conseguem construir e bancar uma usina. Glauber frisa que a reunião teve o intuito de mostrar alternativas para os produtores.

“Em algumas regiões, são poucos produtores e não conseguem ‘bancar’ uma usina de R$ 400 milhões. Essa opção de usina de menor porte permite criar um negócio de âmbito regional”, declara Glauber Silveira.

Segundo o ex-presidente da Aprosoja-MT, o modelo de empreendimento apresentado aos produtores também trabalha com a questão de comercialização e logística, além de assistência de gerenciamento e parte técnica. A comercialização e logística do produto final é realizada em parceria com a CHS, considera a maior cooperativa agrícola norte-americana. “A CHS se compromete a comprar a produção e comercializar, e isso é importante, pois somos agricultores e precisamos desse know-how para os outros elos da cadeia”, ressalta Glauber.

De acordo com o representante da CHS, Clayton Anselmo de Mello, tal tipo de negócio é sucesso nos Estados Unidos há 15 anos.

O ex-presidente da Aprosoja-MT, Glauber Silveira, salienta que é preciso que os produtores de milho em Mato Grosso avaliem a viabilidade de implantação de mini usinas. “Acreditamos no potencial do etanol do milho e trouxemos alternativas que podem abrir os horizontes. Não se trata de aval a esta ou outra empresa, mas sim de um intercâmbio de informações que pode ajudar o produtor a tomar decisões no seu negócio”, declara.
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