Mais um frigorífico foi liberado pela Rússia para a importação de carne bovina. No dia 15 de junho completam-se três anos de embargo as carnes mato-grossenses. As restrições iniciaram em 2011 e cerca de três plantas até o momento foram liberadas.
Na segunda-feira (12) o serviço sanitário russo, o Rosselkhoznadzor, anunciou a liberação de três plantas frigoríficas do Brasil para exportar carnes. Em Mato Grosso foi reabilitado o frigorífico da Marfrig, em Tangará da Serra. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirma a liberação.
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Além de Mato Grosso, foram liberadas a planta bovina da JBS em Mozarlândia (GO) e o frigorífico Pamplona de carne suína em Rio do Sul (SC).
Para o Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), a liberação é considerada um avanço na questão que se alastra desde junho de 2011. “A Rússia é uma das maiores importadoras de carne do Brasil´”, frisou o presidente do Sindifrigo-MT, Luiz Freitas.
A autorização dos envios de carne bovina de Mato Grosso para a Rússia vem após a confirmação de caso atípico de ‘Mal da Vaca Louca’ no Estado, anunciado na sexta-feira (9). Mesmo com a confirmação do caso, antes mesmo do resultado de atípico, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) mantinha para Mato Grosso e o Brasil como risco sanitário insignificante para a doença. “Isso já provava que o Brasil é confiável em termos sanitários”, salientou Freitas.
No dia 6 de maio, em nota em seu site, o Rosselkhoznadzor revelou já ter sido informado sobre o registro do 'Mal da Vaca Louca' em Mato Grosso. No dia 9 uma nova reunião, em Brasília, revela o
Rosselkhoznadzor, foi feita em Brasília (DF). Na ocasião a delegação russa, que incluía funcionário da embaixada e de missão comercial no Brasil, se reuniu com representantes do Mapa aonde foram tratados assuntos de controle veterinário e fitossanitários.
Exportações
Entre janeiro e abril Mato Grosso enviou para a Rússia 15,7 mil toneladas de carne bovina, que resultaram US$ 62,8 milhões. O resultado é superior as 34,9 toneladas embarcadas em 2013 no período, que renderam US$ 118,8 mil, conforme dados da Balança Comercial do Agronegócio, divulgadas pelo Mapa.
“A liberação pode auxiliar a aumentar as exportações ou a segurar diante dos novos embargos referente ao caso da ‘Mal da Vaca Louca’”, diz Freitas. O presidente do Sindifrigo-MT, declara ainda que o Egito é outro mercado importante para Mato Grosso e será conversados com o país para reverter a situação.
Em uma semana Peru, Egito, Irã e Argélia restringiram a carne bovina de Mato Grosso e do Brasil, mesmo com a confirmação de caso atípico para o caso do ‘Mal da Vaca Louca’.
(Com informações Canal Rural).
Atualizada às 16h08
