A produtividade da safra 2014/2015 de soja ainda é incerta em Mato Grosso. Em localidades onde a produtividade média esperada era de 52 sacas tem se visto entre 42 e 47 sacas por hectare colhido. Segundo especialistas, as duas próximas serão decisivas. Até a semana passada o Estado havia colhido 7,67% dos 8,8 milhões de hectares destinados a oleaginosa nesta safra 2014/2015.
Técnicos da Expedição Safra 2014/2015, projeto do Agronegócio Gazeta do Povo, retornaram à Mato Grosso nesta semana para averiguar a situação das lavouras de soja neste início de colheita e o rendimento do mercado. O projeto estará nesta quarta-feira (28) em Sorriso, onde irá realizar um encontro com produtores na Chácara Transmidal, de propriedade do produtor Antônio Dalsoquio, a partir das 19h30.
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Segundo um dos coordenadores da Expedição Safra 2014/2015, José Rocher, já foram visitadas propriedades em Itiquira, Santo Antônio do Leverger e Nova Mutum. Ele comenta que encontraram uma produtividade média variando entre 42 e 47 sacas por hectares nestas regiões, quando a média esperada era de 52 sacas. A redução é decorrente a situação climática no início do plantio e agora na colheita, em especial em áreas de replantio.
“O clima é um dos problemas. Além da falta de chuva no plantio, se tem agora na colheita. Cerca de 60% do plantio em Mato Grosso da safar 2014/2015 foi concentrado em três semanas. Podemos ter quebra em fevereiro se não chover agora. As próximas duas semanas serão decisivas e caso haja quebra não será tão expressiva, em decorrência ao aumento de área. Mas, a situação pode ser revertida se chover”, comenta José Rocher em entrevista ao
Agro Olhar.
Vendas
Rocher confirma que no momento a comercialização da soja em Mato Grosso está parada devido à queda da cotação da oleaginosa no mercado interno e externo. “O produtor deverá voltar a vender a partir do momento em que se sentir pressionado”.
O coordenador da Expedição Safra 2014/2015 comenta ainda que o atual ciclo deverá ser de baixa rentabilidade por tonelada, podendo cair entre 3% e 4% no comparativo com a safra passada. “Contudo, a renda global (Valor Bruto da Produção) terá crescimento, visto a expansão da área”.
