Lentas desde o início do mês (ou seja: tudo indica não terem sido afetadas pelo movimento dos caminhoneiros), as exportações de carnes de fevereiro aumentaram em relação ao mês anterior, mas sofreram refluxo de quase 10% comparativamente a fevereiro do ano passado.

Neste caso, pouco adiantou o volume de carne de frango embarcado no mês ter aumentado perto de 2,5%, pois o resultado global foi influenciado negativamente pelas carnes suína e bovina, cujos embarques recuaram, respectivamente, 29% e 33%.

Aqui, o desempenho mais alarmante vem sendo o da carne suína, pois os embarques dos últimos dois meses, janeiro e fevereiro de 2015, corresponderam aos menores volumes exportados pelo setor desde início de 2009, isto é, há pelo menos seis anos.

Porém, igualmente ou mais preocupante é o preço médio obtido pelas três carnes, entre 22% e 33% menores que há um ano. Se o índice de queda fosse menor, seria reputável apenas às variações do câmbio. Mas como é bastante significativo, indica problemas no mercado internacional.

Volume em queda e preços em queda só têm como efeito uma menor receita cambial. Efetivamente, embora tenha apresentado ligeiro acréscimo sobre o mês anterior (+1,23%), a receita de fevereiro ficou 22% abaixo da que foi registrada no mesmo mês do ano passado.