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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Fim de ciclo

"Travas bancárias" levaram o Grupo Modelo a pedir falência, diz advogado

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

As "travas bancárias" foram os fatores determinantes para que o Grupo Modelo entrasse com pedido de falência, solicitação esta acatada pela Justiça mato-grossense na última quarta-feira (22). De acordo com o advogado do grupo, Arno Jung, tais "travas" inviabilizaram as chances de recuperação.

O magistrado Flávio Miraglia Fernandes determinou na quarta-feira (22), como o Agro Olhar já revelou, a falência do Grupo Modelo após solicitação da empresa e de credores. A dívida do Grupo Modelo chega a R$ 315 milhões, entre dividendos com credores e funcionários.

“Os motivos determinantes que ensejaram no pedido de Autofalência foram as “travas bancárias” para recebimento dos cartões junto as lojas do Grupo, as quais foram restabelecidas porque os Bancos não concordaram com o plano de recuperação apresentado e conseguiram, por meio de Recurso no Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso, o restabelecimento das aludidas “travas”, o que inviabilizou, por completo, qualquer chance de recuperação do Grupo”, declarou o advogado do Grupo Modelo, Arno Jung, ao Agro Olhar.

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O Grupo Modelo entrou com pedido de autofalência no dia 29 de agosto na Vara Especializada de Falência, Recuperação Judicial e Cartas Precatórias de Cuiabá, um mês após fechar as portas das três últimas lojas abertas.

Segundo Jung, a falência foi o "melhor caminho" em relação aos funcionários, tendo-se em vista que estes serão os primeiros a receberem "após a venda dos bens do Ativo do Grupo". "O pedido de autofalência também se deu por preocupação com os colaboradores do grupo, vez que somente com a Falência é que se estanca a dissipação de bens para outros credores", salienta o advogado.

O Grupo Modelo tinha cerca de 3 mil trabalhadores diretos e um mil indiretos.

O fechamento das lojas teve início em janeiro de 2013. Ao todo o Grupo possuía cerca de 14 unidades entre hipermercados, supermercados e atacarejos (vendas no atacado e varejo). Além disso, a rede possuía sua própria empresa de distribuição, a ABS Logística, localizada no Distrito Industrial de Cuiabá, mais precisamente na rodovia BR-364, sentido Cuiabá-Rondonópolis. A rede possuía ainda farmácias e restaurantes em algumas unidades, como no HiperModelo, Pantanal Shopping e Miguel Sutil.
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