Além da taxa cambial em alta, os investimentos voltados para a qualidade e rendimento do algodão em pluma são alguns dos contribuintes para o custo de produção do algodão atingir a marca de R$ 7.618,30 por hectare na safra 2015/2016. As despesas com insumos para o ciclo, que inicia em dezembro, estão R$ 860 mais caras que em comparação a safra 2014/2015.

O custo médio estimado é o maior da história em Mato Grosso para a cultura do algodão. O desembolso na safra 2013/2014 para semear um hectare foi de R$ 6.376,84 e na safra 2014/2015 de R$ 6.716,51 por hectare.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os insumos são os "culpados" pelo elevado custo de produção, entretanto a o dólar não é o único motivo para tal valorização.

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"O dólar não é o único motivo da valorização dos insumos e do aumento da participação deles nos custos variáveis, que nas últimas três safras já subiu 9 p.p., agora em 68,7%. Investimentos voltados à qualidade e rendimento de pluma têm sido realizados e, nesta safra, que contou com boa situação climática, os resultados são vistos. Dos 69,4% já colhidos, poucos são os lotes inaptos à exportação, possibilitando maiores ágios. Além disso, é provável que a estimativa inicial de rendimento de pluma em 39% seja elevada. Assim, esses maiores custos estão resultando em um algodão melhor, e em uma receita que faz “valer a pena””, destacou o Imea em seu Boletim Semanal do Algodão, divulgado no dia 24 de agosto.

Os produtores de algodão, a princípio, deverão desembolsar em média R$ 4.928,05 em despesas com insumos. Somente com sementes são R$ 682,79 por hectare, R$ 1.479,75 com fertilizantes e R$ 2.765,51 com defensivos. Na safra 2014/2015 as despesas com insumos haviam somado uma média de R$ 4.068,47 por hectare.

A previsão para o ciclo 2015/2016 é semear 576,3 mil hectares com algodão, um aumento de 2,2% em relação aos 564,1 mil hectares plantados na safra 2014/2015. Em algodão em pluma estima-se uma produção de 890,1 mil toneladas, elevação de 2,16%.