As vendas de veículos zero quilômetro em Mato Grosso, até outubro, eram 2,24% menores em comparação ao ano passado. As dificuldades encontradas pelo consumidor na hora da aprovação de crédito e a incerteza econômica são alguns dos fatores apontados pelo setor para o baixo desempenho. No Brasil a queda em 2014 no comparativo com 2013 chega a 7,66% nas vendas de veículos zero quilômetro.

Balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores de Mato Grosso (Fenabrave-MT), divulgado nesta sexta-feira (14), revela que entre janeiro e outubro de 2014 foram emplacados 102.694 veículos zero quilômetros em Mato Grosso, contra os 105.047 no período em 2013.

A maior queda verificada pode-se dizer que é no segmento de autos, ao se analisar em termos de quantidade de veículos. Em 10 meses o setor de autos emplacou 33.575 unidades zero quilômetro, enquanto o ano passado haviam sido 37.452 unidades, ou seja, uma retração de 10,35%.

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Contudo, o setor de motos é o que mais emplacamento registra e após período de negatividade volta a ter saldos positivos. Segundo a Fenabrave-MT, 42.494 motos zero quilômetros foram vendidas em 2014, aumento de 5,03% em relação às 40.458 do ano passado. O segmento de comerciais leves também registrou crescimento de 4,61% saltando de 16.983 unidades emplacadas o ano passado no período para 17.766 unidades em 2014.

O presidente da Fenabrave-MT, Manoel Guedes, comenta que diante das incertezas econômicas, em especial, neste pós-eleições, estão levando muitos consumidores a adiar suas compras. "Além disso, há uma dificuldade na aprovação de crédito", pontua.

As vendas de caminhões em 2014 caíram 16,61%, frente 2013, e as de ônibus 56,59%.

Outubro

Em outubro as vendas tiveram um leve incremento de 0,37% em comparação a setembro e de 8,80% ante outubro do ano passado, conforme a Fenabrave-MT. O segmento de autos apresentou alta de 8,74% em relação a setembro e 1,45% a outubro do ano passado.

Já motos recuo de 6,10% ante setembro e alta de 21,03% ante outubro do ano passado. Comerciais leves retração de 2,02% frente setembro e alta de 11,15% a outubro de 2013. "As aprovações de crédito para motos estão mais facilitadas do que em 2013, mas longe do ideal", explica Guedes quanto ao desempenho das motos em relação ao ano passado.