O mercado de ações brasileiro nos últimos meses vem apresentando perdas significativas. A Petrobras, por exemplo, no dia 19 de janeiro registrou sua maior desvalorização dos últimos 13 anos ao ver suas ações atingirem o valor de R$ 4,80. O momento pelo qual o mercado de ações passa, segundo especialistas, é o melhor para realizar investimentos.
O momento de crise no Brasil é considerado um bom momento para se investir em ações, pois a situação reflete nos preços e as ações se desvalorizam, como vem ocorrendo com as da Petrobras.
A desvalorização e autos e baixos não são vistos apenas no Brasil, mas em todo o mercado mundial atualmente.
“Quando o mercado está desastroso, a economia péssima e governo do jeito que está, no caso do Brasil, reflete no preço das ações e elas se desvalorizam. O bom momento para se investir é quando o mercado vem de suscetíveis anos em alta e economia pujante”, comenta Rafael Mandú da empresa de assessoria no mercado de ações Capital MT - Agente Autônomo de Investimentos LTDA.
Em 2008, o Brasil viveu situação semelhante e, de acordo com Mandú, quem investiu na época ganhou “muito dinheiro”, pois ao final de 2009 o mercado já havia recuperado aproximadamente 80% do que havia perdido.
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O especialista revela que a partir do momento em que as bolsas de valores começam a disparar passa-se a não ser mais um bom momento para investir. “São ciclos de 5 anos a 7 anos. Tivemos o ciclo entre 2004 e 2008 e depois 2008 a 2015. Os últimos sete anos ruins para investir. Não quer dizer que todo mundo que investiu perdeu dinheiro, pois há setores que se destacaram e ficaram imunes”. Entre estes setores, destaca Mandú, está o setor educacional, por exemplo.
O que é preciso para investir?
De acordo com Rafael Mandú, é possível investir em ações por meio de agências bancárias ou corretoras de valores.
“No banco é um pouco mais difícil, pois a pessoa pode ter dificuldades para localizar o seu gerente e costuma ser mais caro o valor das transações. Além disso, é preciso ficar atento, pois o banco pode tentar empurrar fundos de investimentos, que são produtos que nem sempre são de acordo com o perfil do investidor. Nas corretoras de valores há os analistas que passam relatórios frequentes e que, por meio de análise, podem auxiliar na hora da escolha do tipo de ação a ser adquirida”, comenta.
Valor mínimo de investimento, revela o especialista, não existe, mas há valores recomendáveis, diante a existência de uma taxa chamada “custódia”, que é um órgão que cuida das ações, onde são cobrados entre R$ 10 e R$ 20 por mês.
Mandú destaca que uma estratégia adotada por muitas pessoa é a de “guardar” um valor “x” por mês e aos poucos ir comprando as ações. “A pessoa pode comprar uma ação por um valor hoje e no mês seguinte por um valor mais baixo ou alto. Infelizmente, não há como prever valores, se seguirá em alta ou baixa”.
Rafael Mandú salienta que somente um analista, seja em corretora de valores ou banco, pode recomendar a compra de ações. “Nós como agente autônomo de investimentos temos um certificado que nos permite apenas a dar assessoria no sentido de ajudar com cadastro e instruir a pessoa em como investir. Agora recomendar quais ações comprar somente uma analista”, explica.
Perspectivas para 2016
Analistas do mercado financeiro preveem uma retração da economia brasileira de 3% e a inflação pode ser elevada para 7,23%, acima da meta.
“A desaceleração do PIB é um indicativo ruim para o mercado. Contudo, a bolsa costuma andar na frente do mercado. Então, antes da economia real melhorar a bolsa já terá subido. Acredito que teremos um primeiro semestre difícil com mercado volátil. Já o segundo semestre o cenário estará mais claro para o Brasil. A época boa de investir seria agora nos próximos seis meses. O ideal é investir aos poucos”.
