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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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EFEITO RECESSÃO

Crise econômica eleva em cerca de 200% busca por placas de ‘vende-se ‘ e ‘aluga-se’

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Crise econômica eleva em cerca de 200% busca por placas de ‘vende-se ‘ e ‘aluga-se’
Inúmeras placas e faixas de “vende-se” e “aluga-se” estão surgindo em meio ao comércio e residências. A procura por tais itens para serem expostos em frente aos imóveis chegou a crescer 200% em Cuiabá. A recessão econômica é o principal motivo para tal crescimento, segundo empresas especializadas em tais serviços e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL-Cuiabá).

Na região central de Cuiabá e em bairros inúmeras placas e faixas com dizeres de “vende-se” e “aluga-se” tem surgido nos últimos meses. No comércio a situação é visível tanto entre as pequenas empresas quanto nas grandes. Em alguns casos, empresas com mais de uma unidade chegaram a reduzir em torno de 50% o número de suas lojas.

A crise econômica no Brasil levou 8.719 empresas a fecharem as portas em Mato Grosso entre janeiro e 1º de setembro, como o Agro Olhar já comentou. O volume 1.438 empresas fechadas a mais que as 7.281 com atividades encerradas em igual período o ano passado.

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A recessão econômica pela qual o país passa, e consequentemente afeta Mato Grosso, vem afetando diversos segmentos, desde comércio até mesmo o agropecuário e agronegócio. Em Cuiabá, estabelecimentos comerciais com cerca de 30 anos fecharam recentemente as portas, como é o caso do Duca’s 7 e do Chorinho, bem como o Strike Boliche e hotéis, Slaviero (Cuiabá) e Mangabeiras (Várzea Grande).

A busca por faixas e placas de “vende-se” e “aluga-se” em Cuiabá cresceu de uma média de cinco unidades por semana para 10 a 15, segundo estabelecimentos especializados em tal serviço. “O crescimento é decorrente a crise mesmo”, comenta o pintor José Júnior Soares de Abreu.

Entre os dois tipos de produtos a procura é maior por faixas, visto o metro custar em torno de R$ 15,00, enquanto da placa aproximadamente R$ 160,00 o metro quadrado.

O vice-presidente da CDL-Cuiabá, Célio Fernandes, comenta que o fechamento de lojas, principalmente na região central da Capital mato-grossense decorre principalmente ao fato de uma única unidade, o que acaba levando ao proprietário a ter limitações. “A crise afetou todo mundo. Algumas empresas conseguiram se manter, mas muitas estão tendo que se reinventar”.

Retomada em 2017?

Segundo Fernandes, vários sinalizadores na macroeconomia tem mostrado mudança de rumo na economia brasileira. “Hoje, aponta-se um patamar de estabilidade, mas com crescimento muito baixo. A economia deve retomar a partir do momento em que se aprovar questões de reforma tributária e leis trabalhistas. Após o carnaval deveremos ter reflexos positivos. Contudo, até o final do ano deverá ser de baixa ainda. O ano de 2017 deverá ser de otimismo. Precisou o país afundar para vermos o rombo”, observa o vice-presidente da CDL-Cuiabá.
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