Olhar Agro & Negócios

Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Economia

vítimas da recessão

Crise fecha 1,4 mil empresas em Mato Grosso a mais que em 2015

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

O Strike Boliches foi um dos estabelecimentos que encerrou as atividades em Mato Grosso sendo mais uma vítima da recessão econômica

O Strike Boliches foi um dos estabelecimentos que encerrou as atividades em Mato Grosso sendo mais uma vítima da recessão econômica

A crise econômica no Brasil levou 8.719 empresas a fecharem as portas em Mato Grosso entre janeiro e 1º de setembro. O volume significa 1.438 empresas fechadas a mais que as 7.281 com atividades encerradas em igual período o ano passado. A instabilidade econômica e a inflação em alta foram fatores contribuintes para a situação. Em termos de aberturas, o Estado registrou saldo negativo de 283.

Os números são da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat), órgão ligado a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Recente levantamento aponta que 26.507 empresas foram constituídas até o dia 1º de setembro em 2016. O número é "levemente" inferior as 26.790 empresas abertas o ano passado no período.

Leia mais:
Comércio de Mato Grosso vê proposta de ICMS mais justa, mas teme aumento de carga

A recessão econômica pela qual o país passa, e consequentemente afeta Mato Grosso, vem afetando diversos segmentos, desde comércio até mesmo o agropecuário e agronegócio. Em Cuiabá, estabelecimentos comerciais com cerca de 30 anos fecharam recentemente as portas, como é o caso do Duca’s 7 e do Chorinho, bem como o Strike Boliche e hotéis, Slaviero (Cuiabá) e Mangabeiras (Várzea Grande).

A alegação dos comerciantes é a mesma: a crise econômica.

A instabilidade econômica, somada a inflação alta, são os principais motivos para o que se tem visto em Mato Grosso, de acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Hermes Martins. Ele pontua que tais fatos contribuíram para um desequilíbrio nas contas.

"Quem não fez um planejamento prevendo como agir na crise, não suportou e teve que fechar as portas. E, esses fechamentos recentes ainda são reflexo disso", observa o presidente da Fecomércio-MT ao Agro Olhar.

Em agosto, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado nos últimos doze meses era de 8,97%, acima dos 8,74% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em 2016, a inflação estava em 5,42%, abaixo dos 7,06% registrados em igual período de 2015.

Perspectiva até o final do ano

Segundo o IBGE, até o mês de julho Mato Grosso registrava queda de 8,7% no volume de vendas no comércio varejista e de 1,4% no índice e variação do volume de serviços.

A perspectiva até o final de 2016, comenta o presidente da Fecomércio-MT, Hermes Martins, é que as empresas consigam se estabilizar no mercado.

"Acreditamos que o pior já passou. A tendência é que daqui pra frente às empresas que ficaram consigam se estabilizar no mercado. Além disso, esperamos que a economia comece a melhorar. Ainda assim, o momento é de agir com cautela e muito planejamento. Isso porque o consumidor ainda está adaptando seu orçamento aos preços dos produtos que foram afetados com a inflação. Sendo assim as vendas devem começar a melhorar, mas de maneira tímida, aos poucos. Um reflexo disso é a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias de Setembro, que mostra melhora em todos os indicadores da pesquisa em Cuiabá", comenta Martins.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet