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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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menor desde 2013

Crises externas impactam nas exportações de carne bovina de Mato Grosso

Foto: Reprodução/Internet/Ilustração

Crises externas impactam nas exportações de carne bovina de Mato Grosso
As exportações de carne bovina mato-grossense estão 14,6% menores em 2016, em relação ao ano passado. Até setembro US$ 663,2 milhões foram negociados em carne vermelha pelo Estado, o menor desde 2013. A crise interna dos principais clientes do Estado é o principal fator, mesmo havendo abertura de novos mercados como o dos Estados Unidos.

Em 2015, conforme levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mato Grosso havia exportado US$ 776,6 milhões entre janeiro e setembro. Em 2014 haviam sido US$ 888,5 milhões e em 2013 US$ 730,2 milhões.

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Na avaliação mensal o mês de setembro apresentou o melhor resultado das negociações em 2016 com US$ 83,79 milhões, superando os US$ 82,01 milhões de março e US$ 80,23 milhões de maio. Em agosto, os embarques haviam somado US$ 75,63 milhões.

Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), "as crises internas de grandes importadores de carne bovina mato-grossense, como Venezuela e Rússia, afetaram severamente as vendas do Estado". O Imea ressalta ainda em seu boletim semanal da bovinocultura que "a diversificação de mercado é importante, e viabilizar novos compradores pode ser a solução para as vendas externas mato-grossenses".

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que para a Venezuela houve retração de US$ 191,3 milhões negociados em 2015 para US$ 48,58 milhões este ano.

Já a Rússia recuou de R$ 72,29 milhões para US$ 51,35 milhões as negociações com Mato Grosso.

Vale ressaltar que inúmeros mercados estão sendo buscados para a carne bovina pelo Governo Federal, através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como é o caso do Japão, tanto para a carne termoprocessada como para a carne bovina in natura.

Em 2016, após quase 20 anos de negociações os Estados Unidos abriram as portas para os embarques de carne bovina in natura. O Brasil está dentro da cota dos países da América Central, que é de 64,8 mil toneladas por ano, com tarifa de 4% ou 10% dependendo do corte da carne. Fora da cota (sem limite de quantidade), a tarifa é de 26,4 %. Mato Grosso deverá ser responsável por 25% da carne bovina in natura enviada para os Estados Unidos. A primeira carga de Mato Grosso saiu há cerca de 30 dias do frigorífico Marfrig, localizado em Paranatinga, o primeiro do Estado a ser habilitado para o país norte-americano.
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