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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Ante 2014

Egito e Irã seguram embarques de carne de Mato Grosso diante queda de 85% da Venezuela

Foto: Reprodução/Internet/Ilustração

Egito e Irã seguram embarques de carne de Mato Grosso diante queda de 85% da Venezuela
As exportações de carne bovina em Mato Grosso caíram 26,1% em dois anos diante a queda de 85,85% dos envios para a Venezuela e de 67,75% para a Rússia. O saldo só não foi mais negativo devido ao Egito e ao Irã que aumentaram consideravelmente suas importações.

O ano de 2014 foi o ano em que Mato Grosso mais exportou carne bovina in natura. De janeiro a outubro daquele ano a receita obtida com os embarques haviam somado US$ 998,25 milhões. O montante negociado há dois anos é 26,10% menor que os US$ 737,70 milhões constatados entre janeiro e outubro de 2016.

A Venezuela em 2014, analisa o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), foi o país que mais importou somando US$ 268 milhões no período, seguido da Rússia com US$ 177 milhões. Em 2016, os dois países adquiriram US$ 48,58 milhões e US$ 57,08 milhões, respectivamente.

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A queda nos embarques de carne bovina mato-grossense para a Venezuela e a Rússia decorre da situação econômica vivida pelos dois países. "O petróleo entrou em derrocada nas suas cotações, e levou a Venezuela e a Rússia para um espiral decrescente. os dois países diminuíram suas compras em 81,85% e 67,75%, respectivamente, no comparativo entre janeiro-outubro/14 e janeiro-outubro/16 e, apesar destas fortes quedas, as exportações mato-grossenses caíram apenas 26,10%. Tal fato deve-se ao Egito e ao Irã, que aumentaram consideravelmente suas importações de carne bovina mato-grossense, e assim o Estado conseguiu, de certa forma, atenuar o recuo na demanda externa".

De acordo com o Imea, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Egito registrou um salto de US$ 62 milhões para US$ 116 milhões no comparativo de 2014 e 2016, enquanto o Irã de US$ 55 milhões para US$ 84 milhões.

Mato Grosso tem buscado constantemente, bem como o Brasil, conquistar novos mercados para a carne bovina. Em 2016, o estado foi um dos contemplados com a abertura de portos para o produto por parte dos Estados Unidos.

Quando da abertura de mercado para os Estados Unidos, o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, afirmou ao Agro Olhar que não há possibilidade de Mato Grosso e o Brasil sofrerem um "apagão" de bovinos com a abertura de novos mercados. Pelo contrário, a perspectiva é que haja um estímulo para o aumento da produção, principalmente através de semi-confinamento e confinamento.
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