Entre 2012 e 2016 a rede hoteleira na Grande Cuiabá reduziu em torno de 35% a 40% o número de postos de trabalho. Hoje, o segmento trabalha com uma ociosidade de aproximadamente 60% com hotéis de pequeno e médio porte sendo os mais afetados pela crise ao qual o setor passada desde o fim dos jogos da Copa do Mundo de 2014. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Mato Grosso (ABIH-MT), novos fechamentos de hotéis não estão descartados.
Durante o ano os hotéis em Cuiabá e Várzea Grande estão trabalhando com aproximadamente 45% da sua ocupação. Conforme o presidente da ABIH-MT, Bruno Delcaro, os hotéis estão trabalhando para pagar contas.
Leia mais:
- Hotel fecha as portas em Cuiabá e coloca móveis e eletrodomésticos à venda; veja fotos
- Crise no setor leva Rede de Hotéis Mato Grosso a fechar unidade na Miguel Sutil
A Grande Cuiabá, formada por Cuiabá e Várzea Grande, possui em torno de 100 hotéis entre pequeno, médio e grande porte. Em um ano três anunciaram o fechamento de suas portas, sendo o Mangabeira em Várzea Grande e o Slaviero em Cuiabá no ano de 2016, e recentemente a Rede de Hotéis Mato Grosso anunciou que não renovaria o contrato de arrendamento do Global Garden Hotel, após oito anos, na Capital.
“A situação não está boa para nenhum segmento econômico. Abriu-se muito hotel para a Copa e pouco resultado foi obtido. Esperamos que as obras da Orla do Porto e do Parque das Águas auxiliem a atrair o turismo. O setor aposta no turismo regional para sair da crise”, comentou ao
Agro Olhar o presidente da ABIH, Bruno Delcaro.
De acordo com Delcaro, os hotéis entre 2012 e 2016 reduziram de 35% a 40% o número de funcionários. Ele revela ainda que até alguns benefícios chegaram a ser cortados em uma tentativa de manter os empregos.
“O fechamento de mais hotéis não é descartado. Alguns estudam já, inclusive, alternativas caso as portas fechem, a exemplo do Mangabeiras que tornou-se um espaço de clínicas médicas”, pontuou o presidente da ABIH.
Diárias
Questionado sobre o preço das diárias, Delcaro explica que “muitas vezes não se entende que o custo operacional em Cuiabá é superior ao de São Paulo, por exemplo, uma vez que o ICMS de Mato Grosso é mais caro, bem como a energia elétrica. Mas, temos trabalhado com promoções, principalmente quando há eventos na cidade”.