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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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PACTO POR MT

Taques convoca dirigentes de entidades produtoras para debater modelo de taxação das commodities

Foto: José Luiz Medeiros / GCom-MT

Taques convoca dirigentes de entidades produtoras para debater modelo de taxação das commodities
Mesmo jurando de pés juntos que não se trata de aumento de impostos, mas de “cada um dar sua parcela de contribuição”, o governador José Pedro Taques (PSDB) convocou as entidades que representam o segmento produtivo para participar do Pacto por Mato Grosso e, em sendo assim, discutir formas de implementar o novo Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). O diálogo foi iniciado com os dirigentes da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) e Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), entre outras.

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A estratégia é incluir um “I”, de investimentos, no atual Fethab, que teria nova denominação – Fethabi. Pedro Taques alertou que o Pacto por Mato Grosso envolve a todos, não apenas o poder público.

“Sim, liguei para os presidentes das principais associações de produtores do Estado. Sou contra taxar exportação, porque não é possível exportar impostos. Mas precisamos debater alternativas a novos recursos, especialmente para o Fethab, que pode ter um “I”, de investimentos, para aplicação em escolas, hospitais e delegacias”, explicou Pedro Taques, depois de se reunir com dirigentes dos poderes Legislativo e Judiciário e de órgãos autônomos – Ministério Público e Tribunal de contas, no Palácio Paiaguás.

“Não! Não é aumento de imposto nem de taxas. Vivemos a maior crise desde 1929. No início do ano passado não foi possível saber que teríamos uma crise como deste tamanho. Aliás, não sabíamos nem quem seria o presidente da República”, comparou o chefe do Poder Executivo, com uma ponta de ironia.

A discussão sobre a possível taxação de commodities vem sendo alimentada desde o ano passado, pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso e entidades da sociedade organizada. Neste mês, até mesmo a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) entrou no tema, em debate organizado pela Faculdade de Economia, com supervisão do Pró Reitor Fabrício Carvalho, de Extensão e Vivência.

A Faculdade de Economia da UFMT aceitou a incumbência de responder, em três meses, o volume de renúncia fiscal para as commodities. Defensores da taxação falam em “mais de R$ 40 bilhões” de perdas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), nas últimas duas décadas. O principal entrave é uma normativa federal: a Lei Kandir, que isenta de ICMS os produtos primários e semi-elaborados destinados à exportação.

Pedro Taques não fala em cobrar ICMS de soja, milho e carnes para exportação, mas considera possível taxar internamente, via Fethab.
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