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Notícias / Logística

Faltam R$ 36 bi e vontade política para resolver o problema de logística do Centro-Oeste, diz Rui Prado

Da Redação - Laura Petraglia

Um estudo encomendado pela da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) aponta que para resolver definitivamente os problemas de logística de Mato Grosso são necessários investimentos na ordem de pelo menos R$ 36 bilhões.

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“Nós contratamos o estudo de uma empresa e ela priorizou os principais corredores de escoamento do Centro-Oeste, por volume de recurso investido e retorno que possa dar. Foram elencados 106 projetos dos quais a BR-163 está bem no topo, assim como também a navegação do Rio Paraguai, que agora também a justiça deu uma decisão favorável onde permitiu os estudos sobre a navegação. Fizemos a conta desses 106 projetos e chegamos a conta de R$ 36 bilhões”, disse o presidente da Famato, Rui Prado.

Segundo Rui, caso o governo Federal invista no Centro-Oeste esses R$ 36 bilhões, o retorno anual direto será de R$ 7 bi. “Ou seja, o cálculo é simples e se fizermos uma conta a grosso modo, em 5 anos essas obras se pagam, então é um investimento viável e que o governo vai ter que fazer”, ponderou.

Para o presidente ainda falta vontade política para que esses investimentos aconteçam, ele mas espera tirar proveito do ano de eleição para conseguir comprometimento dos gestores com a causa. “Falta vontade política para que isso aconteça. E como é que se cobra a vontade política? É justamente fazendo as conversas. Nós estamos num ano político e queremos saber quais os compromissos que eles vão assumir conosco com relação a obras futuras e a esse trabalho”, finalizou.

Cenário crítico

Para a safra de soja 2013/2014, existe a previsão de um novo estrangulamento logístico. O Rabobank, principal banco do mundo especializado em agronegócios, estima que o estrangulamento será consequência do crescimento em relação ao ciclo anterior, estimado em 8%. A colheita, que tem início nos primeiros dias de janeiro, é estimada em 26 milhões de toneladas.

Já prevendo a falta de caminhões, empresas de transporte e produtores de soja anteciparam a contratação de carretas e bitrens. Muitos contratos foram feitos ainda no mês de outubro deste ano, para garantir carrocerias na época da retirada da safra.

Outra preocupação do setor é com estrangulamento nos portos e terminais ferroviários, assim como aconteceu na safra anterior. Mas, para resolver isso, o setor produtivo depende de ações de governo. A União anunciou que fez mudanças nos principais portos exportadores de grãos do país – Paranaguá (PR) e Santos (SP). Mas a efetividade disso só será conhecida na prática, quando milhares de bitrens rumarem para o litoral transportando a oleaginosa.
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